‘Golpe da Bienal do Livro’: família oferecia assinatura de revistas e pegava dados de cartões para fazer compras, diz polícia


Duas pessoas foram presas. Agentes da 77ª (Icaraí) saíram para cumprir, no total, 7 mandados de prisão. A Polícia Civil do RJ iniciou nesta terça-feira (16) a Operação Ictu, contra uma família de estelionatários que aplicava o “Golpe da Bienal do Livro”. Até a última atualização desta reportagem, 2 pessoas haviam sido presas. Agentes da 77ª (Icaraí) saíram para cumprir, no total, 7 mandados de prisão.
A delegacia estima um prejuízo de R$ 200 mil com o esquema, com pelo menos 40 lesados.
Segundo as investigações, os golpistas abordavam as vítimas no meio da rua, uniformizados, e diziam trabalhar para a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, cuja edição mais recente foi no ano passado.
As supostas representantes ofereciam assinaturas de revistas por menos de R$ 100 e em até 10 vezes no cartão de crédito, mas era um chamariz para o golpe. Na hora de efetuar a transação, a “vendedora” dizia que a máquina tinha dado problema e falava que ia tentar passar o valor da assinatura em outro aparelho — este, sem bobina de papel. A adesão era aprovada, e o “cliente” ganhava um brinde.
As vítimas só descobriam que tinham sido enganadas quando chegava a fatura do cartão. Uma delas contou que os criminosos gastaram cerca de R$ 2 mil.
Diogo Lázaro Correa Bomfim; a irmã, Bárbara Gabriele Machado Velho; Michele Aparecida Silvério, companheira de Diogo, e Larissa Maia da Silva, filha dela
Reprodução
Família no crime
A 77ª DP afirma que o chefe do bando é Diogo Lázaro Correa Bomfim, que abriu a empresa DG Empreendimentos para dar aparência de legalidade às ações.
Companheira de Diogo, Michele Aparecida Silvério era dona da Adsumus Service, que segundo as investigações lastreava a DG Empreendimentos.
Também participavam do esquema, de acordo com a polícia, a irmã de Diogo, Bárbara Gabriele Machado Velho, e a filha de Michele, Larissa Maia da Silva.
A quadrilha tinha outros 4 integrantes, entre “representantes de vendas”, um motorista e o titular da conta usada na fraude.
Os investigados vão responder por estelionato e associação criminosa.
Ictu vem do grego e significa golpe.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.