Disque Denúncia pede informações sobre família envolvida em ‘golpe da Bienal do Livro’


Duas pessoas foram presas nesta terça (16). Cinco pessoas estão foragidas. Disque Denúncia pede informações de família que está foragida no RJ
Divulgação
O Disque Denúncia divulgou um cartaz pedindo informações sobre a família envolvida em um esquema de fraude que usava a Bienal do Livro como chamariz para um golpe financeiro, nesta terça-feira (16).
Pela manhã, agentes da 77ª (Icaraí) saíram para cumprir 7 mandados de prisão na mesma família, mas só duas pessoas foram presas. Outras cinco seguiam foragidas. Os procurados são:
Diogo Lázaro Corrêa Bomfim, de 41 anos
Michele Aparecida Silvério, de 46
Bárbara Gabriele Machado Velho, 25
Nathalia Cristina de Campo, de 40
Emily Amancio Lira Pereira, de 23 anos
A delegacia estima um prejuízo de R$ 200 mil com o esquema, com pelo menos 40 lesados. Nesta terça foram presos Reginaldo Vieira Rocha, apontado como motorista da quadrilha, e Pablo Barboza da Silva, suspeito de receber os valores do golpe. A família de estelionatários, que não tinha nenhuma ligação com a Bienal, está foragida.
O Disque Denúncia ressalta que os informantes são mantidos em anonimato. Para dar informações, basta entrar em contato:
Central de atendimento: (021) – 2253 1177 ou 0300-253-1177
WhatsApp Anonimizado: (021) – 2253-1177 (técnica de processamento de dados que remove ou modifica informações que possam identificar uma pessoa)
Aplicativo: Disque Denúncia RJ
Família no crime
Diogo Lázaro Correa Bomfim; a irmã, Bárbara Gabriele Machado Velho; Michele Aparecida Silvério, companheira de Diogo, e Larissa Maia da Silva, filha dela
Reprodução
A 77ª DP afirma que o chefe do bando é Diogo Lázaro Correa Bomfim, que abriu a empresa DG Empreendimentos para dar aparência de legalidade às ações.
Companheira de Diogo, Michele Aparecida Silvério era dona da Adsumus Service, que segundo as investigações lastreava a DG Empreendimentos.
Também participavam do esquema, de acordo com a polícia, a irmã de Diogo, Bárbara Gabriele Machado Velho, e a filha de Michele, Larissa Maia da Silva.
Diogo, Michele e Bárbara estão foragidos. Não há mandado de prisão contra Larissa.
A quadrilha tinha outros 4 integrantes, entre “representantes de vendas”, um motorista e o titular da conta usada na fraude.
Leia também:
Lava Jato: caso que levou ao afastamento de Hardt rachou MPF, causou rebelião interna e foi considerado ilegal pela PGR e pelo Supremo
Como era a trama
Segundo as investigações, os golpistas abordavam as vítimas no meio da rua, uniformizados, e diziam trabalhar para a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, cuja edição mais recente foi no ano passado. Mas não há nenhuma relação dos suspeitos com o evento.
As supostas representantes ofereciam assinaturas de revistas por menos de R$ 100 e em até 10 vezes no cartão de crédito, mas era um chamariz para o golpe. Na hora de efetuar a transação, a “vendedora” dizia que a máquina tinha dado problema e falava que ia tentar passar o valor da assinatura em outro aparelho — este, sem bobina de papel. A adesão era aprovada, e o “cliente” ganhava um brinde.
As vítimas só descobriam que tinham sido enganadas quando chegava a fatura do cartão. Uma delas contou que os criminosos gastaram cerca de R$ 2 mil.
Os investigados vão responder por estelionato e associação criminosa.
Ictu vem do grego e significa golpe.
Pablo Barboza da Silva foi preso
Reprodução
Bienal faz alerta
A Bienal emitiu a seguinte nota:
A Bienal International do Livro do Rio de Janeiro – maior evento de cultura e entretenimento do Brasil e Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Rio – repudia o uso de sua marca por criminosos e espera que os responsáveis sejam punidos.
É importante deixar claro, a fim de evitar que outras pessoas sejam enganadas, que a Bienal do Livro Rio não comercializa assinaturas de livros ou revistas e tampouco conta com representantes comerciais para oferecer produtos ou serviços à população.
Toda comunicação da Bienal com seu público é feita pelos canais oficiais: site (www.bienaldolivro.com.br), Instagram (@bienaldolivro), Facebook (/bienaldolivro) e TikTok (@bienaldolivro).
Adicionar aos favoritos o Link permanente.