
Um caseiro também foi preso, apontado como executor do crime, e um policial militar, identificado como Heron Teixeira Pena Vieira, está foragido. Advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos, morreu após ser baleado na frente do escritório em que trabalhava, em 2024
Divulgação
Policiais militares foram alvos da Operação Office Crimes: A Outra Face, que investiga o homicídio do advogado Renato Gomes Nery, em Cuiabá. A ação foi realizada nesta quinta-feira (6), com seis mandados de prisão temporária e dois de busca e apreensão cumpridos na capital. Os quatro policiais militares presos foram identificados como:
Wailson Alessandro Medeiros Ramos
Wekcerlley Benevides de Oliveira
Leandro Cardoso
Jorge Rodrigo Martins
Além dos militares, um caseiro, que foi apontado como executor do crime, também foi preso.
Um quinto policial com mandado de prisão decretada, identificado como Heron Teixeira Pena Vieira, está foragido. A polícia tenta descobrir qual era o papel de Heron na dinâmica do crime.
O policial procurado também foi alvo da Operação Simulacrum, que investigou um grupo de mais de 60 policiais militares suspeitos de 24 mortes em simulações de confrontos e foi denunciado pelo Ministério Público.
Em nota, a PM informou que a Corregedoria-Geral está acompanhando os fatos e que a instituição “não coaduna com nenhum tipo de crime, seja dentro da corporação ou fora dela”.
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Assassinato de Renato Nery
Advogado é baleado durante atentado em frente a escritório de Cuiabá
Renato foi baleado quando chegava no escritório dele, em julho de 2024. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto.
Uma câmera de segurança registrou o momento em que Renato caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai no chão (veja acima).
O delegado Bruno Abreu Magalhães disse que a perícia colheu informações no escritório da vítima e analisou imagens para tentar identificar o atirador. O celular de Renato também foi apreendido.
“É um caso de execução. Esse executor já estava esperando a vítima. Ele [advogado] sai do carro e quando chega próximo ao escritório é atingido”, disse o delegado.
O advogado morreu um dia após ser baleado. O corpo dele foi sepultado em Cuiabá, na manhã do dia 7 de julho. Familiares e amigos prestaram as últimas homenagens.
Ele foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e conselheiro Federal da OAB, na gestão 1989 – 1991.