
Fabrício Alves Monteiro, de 28 anos, seguia para festa de Carnaval com amigo e primo, quando foram pegos por traficantes. Rapaz teve orelha e dedos cortados, e desapareceu. Fabrício Alves Monteiro
Reprodução
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou, nesta quinta-feira (6), que não recebeu registro de desaparecimento do morador de Brasília Fabrício Alves Monteiro, de 28 anos, que sumiu no Rio de Janeiro (RJ).
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Fabrício desapareceu na quarta-feira (4) quando estava a caminho de uma festa de Carnaval, no Rio de Janeiro, com um amigo e um primo. Segundo a investigação da polícia carioca, eles foram pegos por traficantes.
O amigo e o primo foram liberados, mas Fabrício teve a orelha e os dedos cortados, e desapareceu. A polícia do Rio de Janeiro investiga se Fabrício é integrante da facção Terceiro Comando Puro (TCP) e se foi assassinado por criminosos do Comando Vermelho (CV), facção rival.
“O desaparecimento é investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). Segundo apurado, apesar de oriundo do Distrito Federal, ele é integrante da facção criminosa que atua na comunidade do Muquiço. Diligências estão em andamento para esclarecer todos os fatos”, disse a Polícia Civil do RJ, ao g1.
A PCDF informou que, por restrição da lei de abuso de autoridade, não vai divulgar se Fabrício tem antecedentes criminais no DF. A PCDF também não respondeu questionamentos sobre a atuação do TCP na capital federal.
O que a Polícia Civil do Rio informou
Mapa mostra local onde morador do DF foi pego por criminosos no Rio.
Fabrício Alves Monteiro, de 28 anos é morador de Brasília, viajou para o Rio de Janeiro para o feriado de Carnaval e estava com um amigo e um primo.
Na terça-feira (4), Fabrício, o amigo e o primo iam para uma festa, seguindo orientações de um GPS. Eles passavam pela Avenida Brasil quando foram interceptados por traficantes na região de Honório Gurgel, próximo à comunidade da Palmeirinha (veja vídeo acima).
A suspeita é de que os criminosos sejam do Comando Vermelho (CV), que domina a Palmeirinha. Os criminosos tomaram o celular de Fabrício e, ao acessarem mensagens no aparelho, teriam encontrado conversas e fotos que supostamente faziam apologia ao Terceiro Comando Puro (TCP), facção rival do CV.
Os criminosos não encontraram nada nos celulares do primo e do amigo de Fabrício e, por isso, eles teriam sido liberados.
Agressões e desaparecimento
O amigo e o primo de Fabrício contaram à polícia do Rio que a vítima foi agredida com coronhadas e que os bandidos cortaram uma de suas orelhas e o fizeram comê-la. Em seguida, ele teve os dedos cortados.
De acordo com o depoimento dado à polícia do Rio de Janeiro, o primo e o amigo de Fabrício foram liberados pelos criminosos.
🔎 Na madrugada de quarta-feira (5), um corpo carbonizado foi encontrado na Avenida Brasil, perto da comunidade do Muquiço. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para identificar se é de Fabrício.
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