Grupo usava porcos vivos para treinar cães de caça na Região Metropolitana de Porto Alegre, diz polícia


Vídeos obtidos pela polícia mostram cachorros atacando os animais. Operação policial contra suspeitos ocorreu nesta quarta-feira (17) em Taquari, Triunfo, Eldorado do Sul e Arroio dos Ratos. Carne sem procedência apreendida durante operação contra grupo de caçadores ilegais no RS
Polícia Civil/Divulgação
A Polícia Civil deteve, na manhã desta quarta-feira (17), cinco pessoas suspeitas de envolvimento com um grupo que usa porcos vivos para treinar cães de caça na Região Metropolitana de Porto Alegre.
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Vinte e sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra 18 pessoas nas cidades de Taquari, Triunfo, Eldorado do Sul e Arroio dos Ratos.
Conforme a investigação policial, que começou em maio de 2023 após denúncias anônimas, os suspeitos se utilizavam de autorização para abate de javalis para caçar animais silvestres, o que é proibido. Para isso, usavam armas de fogo e cães, que eram submetidos a maus-tratos junto dos porcos.
A Polícia Civil obteve vídeos, ao longo da investigação, que mostram os cachorros atacando os porcos. Dois porcos feridos foram resgatados de um local que foi alvo de mandado de busca e apreensão da polícia nesta quarta. Um cachorro ferido também foi resgatado: a investigação policial aponta que mais de um cão sofreu ferimentos graves causados por javalis durante caças. Também há suspeita do uso de coleiras de choque.
Há indícios de que a carne dos animais caçados era comercializada. Carne sem procedência, e que seria de javali, foi apreendida em refrigeradores de imóveis que foram alvos de mandados judiciais cumpridos pela polícia.
Parede de galpão alvo de mandado judicial no RS
Polícia Civil/Divulgação
A investigação aponta ainda que há envolvimento de Colecionadores, Atiradores Desportivo e Caçadores (CACs), que devem ser identificados e responsabilizados.
“Cinco pessoas estão sendo conduzidas aqui pro Deic em razão de possível flagrante de crime de posse de arma de fogo. Essas pessoas, a maioria são CACs, ou seja, tem armas regulares em seu nome, mas algumas delas têm armas a mais ou armas não registradas”, conta a delegada Samieh Bahjat Saleh.
Os suspeitos devem responder pelos crimes de caça ilegal; maus-tratos a animais domésticos e silvestres; porte e posse ilegal de arma de fogo e munições; associação para cometer crimes; e contra a relação de consumo.
A delegada Samieh explica que, em caso de condenação por esses crimes, as penas podem chegar a 17 anos de prisão.
Armas que foram apreendidas durante operação contra grupo de caçadores ilegais no RS
Polícia Civil/Divulgação
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