Governo apreende 16 mil celulares nos presídios do RJ em 2 anos


Secretaria de Administração Penitenciária não respondeu como os equipamentos entraram no sistema penitenciário. Presídio no RJ
Reprodução/TV Globo
O governo do Rio de Janeiro apreendeu 16 mil celulares nas entradas e dentro dos presídios do estado em dois anos. Dados obtidos pelo blog indicam que o número de apreensões em 2023 e 2024 representa uma média de 22 por dia, 666 por mês.
Somente em fevereiro de 2025, 126 celulares foram encontrados com os presos num intervalo de cinco dias (entre 14 e 19).
Questionada pelo blog, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do RJ afirmou que intensificou a fiscalização nas cadeias nos últimos anos. Porém, a secretaria não respondeu quando perguntada como houve a entrada deste total de celulares, equipamentos e drogas no sistema prisional.
Roteador, celulares e drogas apreendidos em Bangu
A Seap realizou nesta quarta-feira (12) uma operação nas penitenciárias Esmeraldino Bandeira e Jonas Lopes de Carvalho (Bangu 4). De acordo com o último balanço, foram encontrados nove celulares, um roteador e 1kg de drogas.
Os agentes precisaram usar marretas para quebrar buracos onde alguns aparelhos estavam enterrados. A ação teve como alvo criminosos da facção Terceiro Comando Puro (TCP) e ocorreu como desdobramento da Operação Strangulatio — que visa combater o crime organizado dentro dos presídios do Rio de Janeiro.
Também nesta quarta-feira (12/03), a Justiça determinou o afastamento do subsecretário de Tratamento Penitenciário, Lúcio Flávio Correia Alves, e dos inspetores Thiago Franco Lopes, Aleksandro dos Santos Rosa e Márcio Santos Ferreira, por suspeita de corrupção.
Um preso denunciou que estava sendo coagido e pressionado a pagar propina a fim de conseguir um laudo médico e ser beneficiado com a prisão domiciliar. Os pedidos, segundo ele, chegaram a R$ 600 mil.
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