Paralisação dos motoristas de ônibus e suspensão do Restaurante Universitário da Univasf continua


Os estudantes estão sem os serviços há mais de 20 dias. Uma nova empresa para assumir o RU foi anunciada, mas ainda não foi determinado um prazo para reabertura do restaurante. Univasf segue enfrentando paralisação dos motoristas e falta de Restaurante Universitário
Estudantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) estão enfrentando dois problemas. Há quase um mês os serviços de alimentação dos Restaurantes Universitários foram suspensos. Outra dificuldade é a paralisação dos motoristas de ônibus da universidade, que já dura quase 20 dias.
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Restaurante Universitário da Univasf
Univasf /Divulgação
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Locadoras, Fretamento e Turismo (Sindfretur), o motivo da paralisação é o atraso nos salários de fevereiro dos motoristas e a solicitação de reajuste no valor do pagamento. Em entrevista ao GR1 desta quinta-feira (13), ele afirmou que até o momento não houve avanço nas negociações.
“Fizeram uma promessa que regularizaria e assumiria as obrigações que lhes cabe, falaram do pagamento essa semana, do salário de fevereiro e essa semana, com certeza não sairá”, afirmou o presidente, Manoel Machado.
Ainda segundo o presidente, o motivo principal da greve “é a supressão dos direitos dos trabalhadores”. Ele disse que o valor que os trabalhadores ganhavam eram R$ 3.081, diminuiu para 2.560 e que a atual empresa definiu o valor em R$ 2.200. Ainda de acordo com ele, o ticket de alimentação, que deveria ser de R$ 700 está em R$ 220 e o plano de saúde também foi cancelado.
O Pró-Reitor de Assistência Estudantil da Univasf, Clébio Ferreira, falou sobre o atraso no salário do mês de fevereiro e sobre as outras reivindicações da categoria. Segundo ele, a universidade não tem responsabilidade na definição do valor que os motoristas recebem, que isso cabe à empresa que contrata os motoristas. Assim, o conflito segue sem previsão de resolução e os estudantes continuam sem o serviço.
“A empresa que sai e que entrou é quem diz o salário do motorista, a universidade não diz qual é o salário do motorista. Essa empresa ficou um ano, saiu o ano passado, entrou uma terceira empresa. Essa outra empresa, ela disse que dentro do contrato com a universidade, ela estabelece a CCT e ela estabelece o valor do pagamento dos motoristas, o salário dos motoristas”, afirmou.
Já sobre o funcionamento dos Restaurantes Universitários, a empresa terceirizada responsável rescindiu o contrato com a Univasf, em 19 de fevereiro. Nesta quinta, a instituição anunciou que uma nova empresa assumirá o RU, com aumento no valor das refeições, que deverão custar R$ 17,50, mas não definiu um prazo para o retorno do funcionamento.
Segundo o Pró-Reitor de Assistência Estudantil da universidade, a empresa está providenciando contratação da equipe, instalação de catracas e sistemas, limpeza dos ambientes e recebimento do aparelho dos restaurantes.
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