
Thyago Vinicius Oliveira, 40 anos, estava com a filha, a namorada dele e as enteadas na data do acidente. Ele teve fratura na coluna, pelve e sacro e está em reabilitação para recuperar movimentos. Homem cai de tobogã de cerca de sete metros de altura em parque aquático no PR
Reprodução RPC
Um domingo em família no parque aquático Itaipuland Park, em Itaipulândia, no oeste do Paraná, quase terminou em tragédia Thyago Vinicius Oliveira, 40 anos. Ele estava no local com a filha, a namorada dele e as duas enteadas quando decidiu descer por um toboágua e foi lançado para fora, de uma altura de cerca de sete metros.
Para a RPC, ele conta que desceu no brinquedo logo depois de outras pessoas e, mesmo seguindo as orientações dos instrutores, foi parar no chão.
“Até então nunca tinha sofrido nenhuma fratura e nós fomos lá para se divertir, até então sempre confiei muito neste tipo de brinquedo. […] Quando eu comecei a descer, logo no começo ali eu percebi que eu estava subindo demais na borda do toboágua e quando me dei conta, eu estava no chão gritando de dor”, contou Thyago.
✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp
✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram
Em entrevista à RPC, Thyago conta que esperou cerca de 40 minutos para a chegada de uma ambulância que o levou para um hospital da cidade. Em razão da gravidade, ele precisou ser transferido para Foz do Iguaçu e depois para Cascavel, ambas também no oeste do Paraná.
“Me colocaram na maca e percebi que não era profissionais da saúde porque eles quase me derrubaram inúmeras vezes. A salinha que eu fiquei, era para colocar curativo simples, não tem estrutura nenhuma e não ficou nenhum médico comigo”, contou a vítima.
Thyago teve fratura na pelve, na coluna e nos ossos do sacro e cóccix e está em reabilitação para recuperar movimentos. O acidente foi no dia 9 de fevereiro deste ano e, desde então, já foram vários dias internado, inclusive em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), além de três cirurgias.
Homem cai de tobogã de cerca de sete metros de altura em parque aquático no PR
Reprodução RPC
Esse não foi o único acidente no parque. Pouco mais de dois anos atrás, em cinco de janeiro de 2023, Rafael Setti também foi vítima de acidente no mesmo tobogã. Ele sofreu menos fraturas que Thyago, mas também precisou passou por tratamentos para se recuperar das fraturas.
Assim como Thyago, Rafael também reclamou do socorro prestado pelo parque na data em que sofreu o acidente no parque.
“Eu caí de uma altura altíssima, me tiraram sem protocolo, me puxaram da água. Um popular lá que era médico disse que precisava ao menos de uma cadeira de rodas para sair daqui, não é dessa maneira que funciona”, contou Rafael que firmou ainda que não quiseram chamar ambulância.
Rafael afirmou que ficou com mobilidade reduzida e constantes dores na lombar e pé.
Thyago, ainda está em recuperação e se prende aos diagnósticos mais animadores.
“O médico de Foz do Iguaçu fala que eu vou ficar com sequelas e mal e mal conseguir andar, e o médico de Cascavel é mais otimista, diz que não vai muf=dar muita coisa na minha vida não, que vai ser custoso, em dois anos então em me atento a opinião do medico otimista”, contou à RPC, Thyago.
Leia também:
Decisão: Justiça derruba liminar e assassino de tesoureiro do PT passa a cumprir pena de 20 anos em presídio do PR
Inusitado: Ciclista é preso ao ser encontrado apenas com camiseta e shorts preto pintado no próprio corpo
Decisão: Polícia reconhece furto de motorista que cancelou entrega de bolo de R$ 200 e fugiu com encomenda, mas caso é arquivado como ‘crime de menor significância’
O que diz o parque
Ao ser questionado sobre os acidentes, o Itaipuland Park disse que uma equipe de socorristas atuou de imediato, seguindo todos os protocolos de primeiros socorros para atender Thyago.
O parque disse que conta com um engenheiro interno responsável por vistorias periódicas em todas as atrações, garantindo a segurança dos visitantes, que é uma “prioridade inegociável”, segundo a assessoria do parque.
O parque disse ainda que não se omitiu em relação à vítima, mantendo contato com seus familiares e colocando-se à disposição para qualquer necessidade.
Thyago, no entanto, conta que a equipe do parque só encontrou em contato com ele na última quarta-feira (12), depois que a RPC procurou a empresa para esclarecimentos sobre os acidentes.
O parque não informou se o tobogã foi interditado ou se reformas vão ser feitas para garantir a segurança.
Questionada sobre o caso, a Prefeitura de Itaipulândia informou à RPC que a empresa é a responsável por obter os laudos e liberações necessárias.
O Corpo de Bombeiros da cidade disse que fiscaliza as saídas de emergência e a segurança contra incêndio e que os licenciamentos estão em dia. Além disso, a corporação informou que os brinquedos são atestados pelo engenheiro que desenvolveu os equipamentos.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) responsável por fiscalizar obras e a prestação de serviços dessa área, afirmou que não teve conhecimento dos acidentes no parque, mas que fiscalizações são feitas durante e depois das construções.
VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR
Leia mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.