
O local já havia desabado em janeiro de 2023, quando uma obra foi realizada para garantir o escoamento da água e para impedir futuros alagamentos. Lago do Amor enfrenta nova erosão após chuva forte
A forte chuva desta terça-feira (18) abriu mais uma vez uma erosão na estrutura do Lago do Amor, em Campo Grande (MS). O trecho havia sido reconstruído há pouco mais de um ano, para garantir o escoamento da água e para impedir alagamentos. O ponto turístico precisou ser interditado após o lago transbordar. Veja o vídeo acima.
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Nesta terça-feira, choveu mais da metade do esperado para o mês de março, que é cerca de 153 mm. Segundo a Defesa Civil, foram registrados 80 pontos de alagamento.
Após o desabamento da estrutura, uma bicicleta foi encontrada no local. A Polícia Militar recebeu uma informação de que a bicicleta estava presa a uma grade que cedeu, e a pessoa pode ter escapado pela mata. Os bombeiros seguem nas buscas.
Em janeiro de 2023, parte da estrutura da barragem do Lago do Amor desabou com a força da chuva. As obras, feitas à época e entregues quase um ano após os estragos, teriam sido feitas para garantir o escoamento da água e para impedir futuros alagamentos.
Problema crônico
O primeiro incidente ocorreu em 4 de janeiro de 2023, e a situação só foi normalizada após 10 meses de obras. A nova estrutura, que inclui a área danificada, custou cerca de R$ 3,8 milhões aos cofres públicos.
Após a entrega dos reparos em 26 de setembro, outro temporal causou o desabamento da mesma parte do Lago do Amor no final de outubro. As obras de recuperação, após o segundo incidente, foram concluídas apenas em dezembro de 2023.
Na época, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) garantiu que o problema não se repetiria. A barragem foi construída com mais de 7 mil metros cúbicos de aterro.
À reportagem, o secretário Marcelo Miglioli, responsável pela Sisep, informou que nesta quarta-feira (19) irá ao local para uma visita técnica para entender o que aconteceu.
“Já convoquei a projetista daquela obra que foi feita para que a gente possa estudar, entender o que aconteceu. Eu não quero me precipitar em dar uma posição sem antes a gente fazer uma vistoria técnica lá e ver o que aconteceu e qual a solução que nós vamos dar para aquele problema. Nós podemos falar que a Prefeitura está agindo, estamos atentos, Campo Grande tem problemas e nós não escondemos problemas da cidade. Uma cidade com 900 mil habitantes e tem mil quilômetros de rua sem parque mental. Então, automaticamente, sem drenagem, e tem os problemas que vêm ao longo de 20, 30 anos, não se resolve da noite para o dia. O que nós podemos dizer para Campo Grande é que o município está atuando para que a gente possa resolver os problemas. É óbvio, qualquer cidade do país que pega uma chuva torrencial, como foi essa de hoje, vai enfrentar problemas. Nós estamos na rua e vamos resolver os problemas da forma mais rápida possível”, finalizou.
Chuva forte e estragos
Os meteorologistas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) informaram que, nesta terça-feira, foram registrados cerca de 71 mm de chuva. O registro aponta ainda que choveu mais da metade do esperado para o mês de março, que é cerca de 153 mm.
Com a forte tempestade, alguns motoristas precisaram abandonar os veículos. A enxurrada invadiu casas, comércios e, de acordo com a Defesa Civil, foram registrados 80 pontos de alagamento.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar, a capital registrou, durante as 6 horas de chuva, cerca de 27 chamados, incluindo acidentes de trânsito, quedas de árvores, alagamentos e buscas e resgates de pessoas presas em veículos.
Região do Lago do Amor alagada
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