Como funciona o tratamento para alcoolismo no SUS


Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) oferecem acompanhamento multidisciplinar à população. Profissão Repórter conta histórias de quem está na luta contra a dependência alcoólica Como funciona o tratamento para alcoolismo no SUS
Um em cada cinco brasileiros bebe abusivamente, segundo o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA). O Sistema Único de Saúde oferece tratamento multidisciplinar para dependência química nos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD).
A maioria dos usuários costuma apresentar problemas com a bebida – que pode estar associada ou não a outras substâncias químicas.
“Como o álcool é uma droga lícita, as pessoas demoram muito para pedir ajuda e entender que se trata de uma doença”, afirma Jandson Ribeiro, gerente do Caps AD III Capela do Socorro, na zona sul de São Paulo.
A partir do primeiro acolhimento, a equipe multiprofissional desenvolve um projeto terapêutico singular, que costuma incluir acompanhamento médico, psicológico e terapias em grupo – incluindo acolhimento específico para os familiares dos usuários.
“O Caps é um serviço porta aberta e nossas políticas não incluem internação. O tratamento precisa ser voluntário”, afirma o gerente da unidade. “O processo de tratamento é longo, envolve altos e baixos. E as recaídas podem acontecer no meio do caminho.”
Dependência de álcool: a luta de pacientes e familiares contra a doença que atinge mais de 2 milhões de brasileiros
Como funciona o tratamento para alcoolismo no SUS
Reprodução/TV Globo
Moradias provisórias para quem está em cuidados
O consumo excessivo de álcool pode causar muitos danos à vida do dependente. Pessoas com graves conflitos familiares e em situação de vulnerabilidade onde vivem podem morar provisoriamente em uma Unidade de Acolhimento (UA) durante o tratamento nos Caps AD.
As UAs são um dispositivo da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e funcionam como uma casa de passagem com cuidado integral aos usuários. A repórter Nathalia Tavolieri e o técnico Carlos de Oliveira visitaram uma das unidades e conheceram a história da cozinheira Sabrina Rodrigues, de 42 anos, em tratamento para dependência de álcool.
LEIA TAMBÉM:
‘Virei garota de programa por causa do alcoolismo’: o drama de mulheres em tratamento contra a dependência de álcool
Os impactos do consumo abusivo de álcool dentro de comunidades indígenas no Amazonas
90 anos dos alcoólicos anônimos: conheça a sede do grupo em São Paulo
Confira as últimas reportagens do Profissão Repórter:
Adicionar aos favoritos o Link permanente.