
Pesquisa britânica mostrou que tecnologia pode acelerar exames de ultrassom e melhorar experiência para gestantes. Profissional realizando ultrassom
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A inteligência artificial (IA) pode detectar anomalias fetais com uma velocidade 42% maior em comparação com os métodos convencionais, segundo um estudo britânico publicado quinta-feira (27).
A pesquisa, conduzida pelo King’s College de Londres em parceria com a Fundação do Hospital Saint Thomas, analisou 78 gestantes e contou com a participação de 58 técnicos de ultrassom. Os resultados foram divulgados na revista científica NEJM AI, uma versão do New England Journal of Medicine voltada para estudos em inteligência artificial.
O estudo focou na detecção de problemas cardíacos em exames realizados na vigésima semana de gravidez, mas os pesquisadores destacam que a IA pode ser aplicada para identificar outras anomalias fetais.
“Nossa pesquisa mostrou que os exames assistidos por IA são precisos, confiáveis e mais eficientes”, afirmou Thomas Day, pesquisador responsável pelo estudo.
Segundo ele, a tecnologia automatiza parte do processo, eliminando a necessidade de pausas para que os técnicos registrem e analisem imagens, tornando o exame mais ágil.
“Esperamos que o uso da IA nesses ultrassons libere um tempo valioso para os profissionais, permitindo que eles concentrem mais atenção na paciente, tornando a experiência mais tranquila e confortável”, acrescentou.
A britânica Ashleigh Louison, uma das participantes do estudo, passou pelo ultrassom com IA e recebeu um diagnóstico precoce de uma doença cardíaca em seu filho, Lennox.
“Ter essa informação cedo foi essencial para que pudéssemos nos preparar e planejar os próximos passos”, afirmou.
A tecnologia já começou a ser implantada em diversos hospitais de Londres.
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