Moraes critica ‘mercantilistas estrangeiros que tratam Brasil como colônia’ e uso das redes sociais que só pensam no ‘lucro’


Ministro participou no Rio do lançamento da pedra fundamental do Museu da Democracia, na antiga sede do TSE, no Centro. Moraes ataca ‘mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia’ e diz que Justiça Eleitoral vai continuar lutando contra ‘uso das redes sociais que só visam o lucro’
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez um discurso contra as pessoas que tentam atacar a democracia brasileira, na tarde desta sexta-feira (19), durante a cerimônia de lançamento da Pedra Fundamental do Museu da Democracia, no Rio de Janeiro.
Em um trecho, o ministro afirmou que a Justiça brasileira “está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam Brasil como colônia”.
A fala de Moraes é feita em meio à polêmica dos ataques do bilionário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), contra decisões do STF que determinam a suspensão de perfis dessa plataforma.
Moraes diz que ‘Justiça Eleitoral está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam Brasil como colônia’
Reprodução TV Globo
Como resposta ao empresário, Alexandre de Moraes determinou que a conduta de Musk fosse investigada em novo inquérito. Ele também incluiu o empresário entre os investigados no inquérito já existente das milícias digitais.
“Justiça eleitoral vai continuar lutando contra isso e esse uso de redes sociais que só visam o lucro”, acrescentou.
“O Poder Judiciário dentro a Justiça Eleitoral está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam Brasil como colônia. E políticos extremistas antidemocráticos subjugados a interesses nacionais ao invés de defender interesses do Brasil”, disse o ministro.
No evento desta sexta, Moraes abriu sua fala afirmando que a ideia do Museu da Democracia é “perpetuar toda essa história da justiça eleitoral na construção de uma verdadeira democracia”. Em determinado momento, o ministro criticou aqueles que atacam a soberania do Brasil.
“É isso que nós vamos contar aqui. Combate histórico da Justiça contra abuso político e econômico. Reiteradas vezes querem ameaçar a democracia. Mentalidade mercantilista que une abuso do poder econômico com autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar soberania do Brasil ataca justiça eleitoral com união de irresponsabilidade mercantilista ligada à redes sociais com políticos extremistas”, disse Moraes.
Museu da Democracia
O museu vai ficar no prédio histórico e tombado na Avenida Primeiro de Março, no Centro, onde hoje está o Centro Cultural da Justiça Eleitoral – sede do TSE entre 1946 e 1960.
Centro Cultural da Justiça Eleitoral abrigará o Museu da Democracia (Mude)
Divulgação/TRE
A Prefeitura do Rio vai custear a reforma e implantar o museu, ainda sem prazo para a inauguração.
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o Mude “será um espaço de celebração e reafirmação da importância da democracia para o Brasil” onde os “visitantes poderão conhecer a trajetória da democracia do país até os dias atuais”.
O TSE vai abrir, com o auxílio da Secretaria Municipal de Cultura, um chamamento público para selecionar a organização da sociedade civil que ficará responsável pela implementação, operacionalização e gestão especializada do Mude.
Eduardo Paes e Alexandre de Moraes durante assinatura de acordo para criação do Museu da Democracia
Divulgação/ TSE
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