
Procuradoria avalia se há indícios de eventual crime contra sistema financeiro. Atuação do Banco Central na análise da compra também é acompanhada pelo MPF. Agências do Banco Master e do Banco de Brasília.
Banco Master/Divulgação e Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
O Ministério Público Federal no Distrito Federal abriu duas apurações preliminares para avaliar a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). As análises ocorrem em duas linhas:
A primeira, aberta na terça-feira (8), analisa se há indícios de crime contra o sistema financeiro.
A segunda, iniciada na quarta-feira (3), acompanha a atuação do Banco Central na análise da operação de compra do Master pelo BRB.
A partir dos elementos reunidos nos dois casos, o MPF vai avaliar se há indícios que justifiquem a abertura de uma investigação formal.
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À TV Globo, procuradores avaliam que a operação é complexa, traz riscos e levanta indícios de possíveis irregularidades que precisam ser esclarecidas. Em relação ao Banco Central, o acompanhamento é motivado pela necessidade da autarquia aprovar a operação.
Além do MPF, outras duas apurações já tinham sido abertas para analisar a compra do Master:
O Ministério Público do DF quer esclarecer as circunstâncias de compra e venda de ações.
O Ministério Público de Contas do DF pediu acesso à íntegra do processo administrativo relacionado à aquisição de participação no Banco Master. Caso sejam identificadas irregularidades, o MPCDF pode apresentar uma representação ao Tribunal de Contas do DF.
🔎 A compra do Banco Master pelo BRB foi anunciada no dia 28 de março, após a aprovação da negociação pelo Conselho do Banco de Brasília. O negócio, que consiste na aquisição de 58% do capital total do Master, precisa ser aprovado pelo Banco Central (BC) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A estimativa inicial do BRB é que o valor da compra do Master fique entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões.
O BRB
O Banco de Brasília S.A. (BRB) foi criado em dezembro de 1964 com o objetivo de ser um agente financeiro para captar os recursos necessários para o desenvolvimento do Distrito Federal. Em 1991, passou a ser um banco com as carteiras: comercial, câmbio, desenvolvimento e imobiliária.
A empresa é uma sociedade de economia mista, de capital aberto, e o acionista majoritário é o Governo do Distrito Federal (71,92%). O BRB é uma instituição financeira com atuação no Distrito Federal e com agências no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Bahia e Paraíba.
O Banco Master
Fundado em 1974 como corretora de valores e título imobiliários, o Banco Master teve a aprovação do Banco Central para operar como instituição financeira em 1990, ainda com o nome de Banco Máxima. Após a compra do Banco Vipal, a instituição foi renomeada como Banco Master, em 2021.
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