Conheça projeto social em Campinas que recebeu mensagem do papa Francisco


‘Cozinha Solidária’ oferece cerca de 400 refeições por dia para famílias em situação de alta vulnerabilidade da região da Paróquia do bairro São Marcos. Papa Francisco envia mensagem a paróquia de Campinas
O papa Francisco, morto aos 88 anos nesta segunda-feira (21), foi primeiro pontífice latino-americano deixou legado de tolerância e diálogo e acolheu as minorias e mais pobres. Em 2022, o líder da igreja católica enviou um vídeo para a saudar um projeto social que tem sede na Paróquia São Marcos, de Campinas (SP). Na época, a iniciativa oferecia cerca de 400 refeições ao dia para moradores em situação de alta vulnerabilidade social.📝 – O g1 publicou reportagem, relembre a seguir, na reportagem.
O Vaticano não informou as causas da morte, mas o pontífice sofria complicações de um quadro respiratório após ter ficado 38 dias internado.Papa Francisco se recuperava de uma pneumonia nos dois pulmões após ficar internado por cerca de 40 dias. A Igreja Católica deve se reunir nas próximas semanas para decidir quem será o novo papa.
No vídeo, recebido pelos membros do projeto em junho de 2022, o Pontífice se referia ao padre Antônio Rodrigues, da paróquia na ocasião, e a “todos da Paróquia São Marcos”.
“Sigam adiante, sigam trabalhando. Cuidando, sobretudo, dos mais desprotegidos, dos mais deixados de lado. Eu rezo por vocês. Vocês, por favor, rezem por mim”, disse o Papa, na gravação.
Segundo a coordenadora em Campinas do movimento Economia de Francisco e Clara, Márcia Molina, a mensagem do Papa saudava o projeto Cozinha Solidária, que completa um ano neste mês.
“O padre Antônio esteve por lá, visitou a terra santa, e já tinha pedido para o Vaticano porque o Papa é muito sensível à questão da transformação social”, disse Márcia.
Papa envia vídeo para saudar projeto de Paróquia de Campinas
Reprodução/Redes sociais
A Cozinha Solidária
O projeto ocorre por meio de uma parceria entre a paróquia, o acampamento Marielle Vive – do movimento sem terra em Valinhos (SP), e a Economia de Francisco e Clara.
Com sede na Paróquia São Marcos, a iniciativa conta com cinco cozinheiras do acampamento, que recebem ajuda de custo pelo trabalho, e 20 a 25 voluntários que se revezam na organização.
Diariamente, a partir de meio-dia, as refeições são servidas. As famílias atendidas precisam levar recipientes para levar os alimentos e comer em casa. Segundo Márcia, o movimento é contrário ao uso de descartáveis que poluem o meio ambiente.
Além disso, a recomendação é que cada família seja representada por um membro, para evitar aglomeração. São os moradores que indicam quantas refeições vão levar a partir do número de familiares.
“Tem pessoas que levam uma, tem pessoas que levam 10 refeições. Não tem descartável, nós somos contra a cultura do descarte, não admitiríamos usar 400 marmitas que entupiriam a natureza de lixo, além de serem caras”.
Márcia afirma que o projeto é mantido por uma rede de colaboradores que envolve sindicatos e associações como a de docentes da Unicamp (Adunicamp).
Projeto chamado Cozinha Solidária distribui, diariamente, cerca de 400 marmitas em Campinas
Arquivo pessoal
Outro aspecto do projeto é o de usar alimentos orgânicos. As verduras, por exemplo, são compradas em hortas comunitárias.
“É um projeto que tem uma comunhão muito forte com a proposta da segurança alimentar. Não admitir a fome e alimentar a população sem veneno”, definiu Márcia.
“O Papa Francisco tem insistido muito que a solidariedade é o caminho para sairmos da crise. Então nós assumimos isso”, afirmou a voluntária, que também reforçou que o movimento reconhece a necessidade de o país passar por reformas estruturais para redução do desemprego e da fome.
Cozinheira prepara refeição que será entregue a famílias atendidas pelo projeto Cozinha Solidária, em Campinas
Arquivo pessoal
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