
Caso aconteceu em Estância Velha. Carro onde ele e a companheira estavam invadiu a pista contrária e bateu contra a motociclista Karine Louise Friedrich. Médico se recusou passar pelo teste do etilômetro. Médico com CNH cassada teria causado acidente fatal
O médico Dênis Pereira da Cruz, de 48 anos, é investigado por suspeita de envolvimento no acidente de trânsito que causou a morte da motociclista Karine Friedrich, de 43 anos, na BR-116, em Estância Velha, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Apesar de estar com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa, foi liberado na delegacia e responde ao inquérito em liberdade.
A companheira dele, a enfermeira Liliane de Souza Lima também é investigada. Ela contou à Polícia Civil que era quem dirigia o carro, mas as autoridades têm dúvidas.
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“A gente parte do princípio que o condutor era o médico e que o depoimento da companheira possa talvez ser uma manobra de defesa”, diz o delegado Rafael Sauthier, responsável pela investigação.
A RBS TV tentou contato com o médico por telefone, mas ele não atendeu às ligações e nem respondeu às mensagens enviadas. Já a enfermeira alegou que, neste momento, não tem condições emocionais para se manifestar.
Como foi o acidente
O acidente aconteceu na última sexta-feira (18). Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o carro onde Dênis e a companheira estavam invadiu a pista contrária e atingiu Karine, que estava em uma motocicleta. Segundo os policiais que atenderam a ocorrência, Dênis apresentaria sinais de embriaguez e se recusou a passar pelo teste do etilômetro.
A mulher assumiu estar na direção, no entanto, a PRF afirma que a versão é incompatível com informações repassadas por testemunhas. Ela também não passou pelo teste do etilômetro.
A Polícia Civil busca imagens de câmeras de segurança e testemunhas que possam confirmar quem de fato dirigia o veículo.
O casal foi levado até a delegacia de polícia de São Leopoldo, onde o delegado de plantão registrou o caso como homicídio culposo de trânsito e liberou o casal. No boletim de ocorrência, o médico figura como “testemunha” e a companheira como “suspeita”. A Polícia Civil não explicou por qual razão os dois foram liberados.
A família pede por justiça. “Como que eles liberam uma pessoa que se nega a fazer um teste do bafômetro? Que tem uma CNH vencida? Como que eles liberam? Cadê esse delegado? Eles mataram a minha irmã Ela não vai mais voltar. E a gente quer essa justiça. A gente quer essas respostas deles, das autoridades”, cobra a irmã de Karine, Joseane Friedrich Schmitz.
Karine Friedrich, morta em acidente de trânsito em Estância Velha
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