
Acusados haviam sido absolvidos pela 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida, mas o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) acolheu recurso de apelação. Crime ocorreu em março de 2019. Policiais enfrentam júri popular pela morte de três adolescentes, em Goiânia
Carolina Isidoro/g1 Goiás
Os cinco policiais militares acusados de matar três adolescentes enfrentam um júri popular nesta quinta-feira (24), em Goiânia. Eles haviam sido absolvidos pela 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida, mas o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) acolheu recurso de apelação. Pedro Henrique Souza Santos, Walisson Barros dos Santos e Maycon Ferreira Conceição da Silva foram mortos em 2019, no Setor Jardim das Aroeiras.
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De acordo com o inquérito policial, Ricardo Martins Vinhadelli, de 40 anos; Pablo Andrade Corrêa, de 38; Willian Kennedy Palmier Capucho Leão, de 34 anos; Paulo Henrique Borges, 40; e George Gomes de Souza, de 40 anos, faziam parte do Grupamento de Intervenção Rápida Ostensiva (GIRO) quando o crime ocorreu.
O g1 não conseguiu entrar em contato com a defesa dos denunciados até a última atualização desta reportagem.
O julgamento será presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara. Ao g1, ele pontuou que serão ouvidas as testemunhas apresentadas pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e as de defesa dos policiais. Em seguida, haverá o interrogatório dos acusados e a apresentação da denúncia, que é a favor condenação, e a pronunciamento dos advogados que defendem os denunciados.
Relembre o caso
Conforme a denúncia do MP, o crime ocorreu em 25 de março de 2019, quando os policiais do GIRO foram até uma casa no Setor Jardim das Aroeiras, com um carro de modelo Voyage, de cor preta, que era usado para combater roubos na região. Quando chegaram ao local, Ricardo e os outros acusados teriam arrombado o portão da residência e dispararam três tiros contra Pedro Henrique. Ele morreu na hora.
As outras duas vítimas, Walisson e Maycon, chegaram a pular o muro do lote vizinho para tentarem fugir, informou o inquérito. Nesse momento, os policiais Pablo Andrade Corrêa, Willian Kennedy Palmier Capucho Leão, Paulo Henrique Borges e George Gomes, teriam se dividido em duas equipes para cercar a casa e capturar os dois. Segundo a dénuncia, Walisson foi morto com três tiros e Maycon com nove.
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