
Evento aposta em experiências imersivas que transformam livros em jogos e colocam o público no centro da investigação. Bienal do Livro Rio 2025 acontece entre 13 e 22 de junho, no Riocentro, na Zona Oeste. Escape room na Bienal do Livro transforma leitor em detetive
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A Bienal do Livro Rio 2025, que acontece entre 13 e 22 de junho, no Riocentro, promete levar o público a um novo nível de imersão literária, transformando leitores em verdadeiros detetives. A novidade é o espaço batizado de Escape Bienal, uma experiência imersiva onde grupos vão desvendar enigmas em salas temáticas, inspiradas em grandes obras da literatura.
Elaborado pela empresa Escape 60′, pioneira no desenvolvimento de jogos de fuga temáticos no Brasil, o local é parte do conceito de Book Park, a grande aposta da Bienal desse ano. A ideia é apresentar um parque literário com atrações interativas, imersivas e tecnológicas.
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Salas inspiradas em livros de suspense
No Escape Bienal, os visitantes encontrarão desafios com duração de 10 minutos, uma versão condensada dos tradicionais jogos de 60 minutos da Escape 60′. Na Bienal, o jogo terá capacidade para até 10 participantes por sessão.
Cada sala foi meticulosamente criada em colaboração com editoras, convidando os participantes a mergulharem em tramas cheias de suspense, pistas intrigantes, reviravoltas surpreendentes e toda a emoção típica de um escape room.
Escape Room literária na Bienal do Livro 2025
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Os cenários são realistas e as narrativas envolventes, criados por uma equipe própria de cenografia e desenvolvimento de jogos, com cada detalhe pensado para transportar os jogadores e torná-los protagonistas de sua própria aventura.
Conheça as salas temáticas da Bienal:
“A Empregada” (Editora Arqueiro): Os visitantes assumem o papel de Millie, uma governanta que se vê trancada em seu quarto após um dia de trabalho, tendo apenas um bilhete misterioso como pista para desvendar o quebra-cabeça.
“O caso Raphael Montes” (Companhia das Letras): Uma investigação é deflagrada com o desaparecimento do renomado autor Raphael Montes, desafiando os jogadores a vasculharem sua biblioteca em busca de respostas sobre o ocorrido. Vale destacar que Raphael Montes, autor de sucessos como “Suicidas” e “Jantar Secreto”, terá uma mesa de discussão sobre o gênero policial na Bienal.
“Mistério em cena” (HarperCollins Brasil): O clássico detetive Hercule Poirot ganha reforços em um caso de sala trancada. Madame Scarlet foi assassinada, e o detetive precisa de ajuda para solucionar o crime.
“Assassinato na família” (Editora Ediouro): Inspirado nos romances de Cara Hunter, esta sala convida os visitantes a reabrir o caso não resolvido do assassinato de Luke Ryder. Como investigadores forenses, eles terão apenas poucos minutos para desvendar os enigmas e salvar as provas, antes que o principal suspeito, que descobriu a reabertura do caso, entre em ação. Cara Hunter é uma escritora britânica de romances policiais best-sellers, com mais de um milhão de exemplares vendidos globalmente.
Para Márcio Abraham, um dos responsáveis pela criação dos jogos e sócio da Escape 60′, a atração será uma experiência divertida e emocionante.
“Muitas vezes eu dormi pensando numa dinâmica e acordava com o jogo pronto. Quando vi a cenografia pronta pela primeira vez, fiquei muito emocionado”, contou Márcio Abraham.
Literatura em diferentes formatos
Seguindo na linha da literatura em diferentes tipos de mídia, a Bienal do Livro também será palco para o lançamento de uma experiência interativa singular. O “Assassinato no Parque Lage” é o primeiro jogo literário de mistério da Mapa Crime, desenvolvido pela Mapa Lab.
A autoria do jogo é da escritora Luciana De Gnone, conhecida por seus romances policiais que mergulham no suspense psicológico e nas ambiguidades da alma humana.
O “Assassinato no Parque Lage” é o primeiro jogo literário de mistério da Mapa Crime, desenvolvido pela Mapa Lab.
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Para Luciana, jogos literários e escape rooms são sinais de um novo momento da literatura, que vai além do formato tradicional do livro.
“Estamos vivendo um momento muito instigante em que literatura, jogo e experiência sensorial se entrelaçam. A experiência passa a ser mais imersiva e isso não significa abrir mão do texto, mas expandi-lo”, comentou a autora.
“Jogos literários como Assassinato no Parque Lage exigem leitura atenta, interpretação de documentos, análise de personagens e formulação de hipóteses, todos os elementos clássicos de um bom romance policial, mas agora mediados pela participação ativa do leitor, que se torna protagonista da investigação”, completou Luciana De Gnone.
A escritora também reforça o conceito de ‘narrativa transmídia’, muito presente na Bienal do Livro desse ano.
“No caso do jogo, permitir que o leitor examine provas, abra envelopes lacrados, confronte mentiras e construa sua própria linha de investigação é, para mim, literatura em estado de ação”, disse Luciana.
Parque Lage é o cenário
O jogo é apresentado como um “livro para jogar”, propondo que o leitor se torne um detetive de um crime intrigante ambientado no icônico Parque Lage, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
O kit do jogo, inspirado em modelos internacionais, é composto por documentos, pistas visuais, cartas, fotos e anotações que simulam uma investigação criminal real, proporcionando uma imersão total na narrativa.
“A escolha do Parque Lage como cenário foi quase inevitável quando recebi a demanda da Mapa Crime. É um espaço carregado de simbolismo, beleza e mistério. A presença da Escola de Artes, o casarão histórico, a vegetação densa e aquela piscina central tão icônica criam um palco naturalmente cinematográfico. Quis trabalhar essa ambiência para que o cenário não fosse apenas pano de fundo, mas parte ativa da trama”, explicou Luciana.
Parque Lage
Reprodução/TV Globo
O lançamento de “Assassinato no Parque Lage” na Bienal incluirá sessões interativas de demonstração, encontros com a autora e venda exclusiva da primeira tiragem no espaço da Mapa Lab, na Praça Além da Página.
A coleção “mapa crime investiga” busca resgatar o prazer da leitura por meio da experimentação e da participação ativa do leitor, sendo também um tributo à tradição do romance policial, reimaginado como uma experiência coletiva e sensorial.
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Além de ser a autora do inovador jogo “Assassinato no Parque Lage”, Luciana De Gnone terá um papel central na Bienal do Livro Rio 2025 como mediadora de um painel de destaque sobre literatura policial, mistério e investigação.
No dia 19 de junho, às 13h, ela estará ao lado dos autores Raphael Montes e Cara Hunter, nomes reconhecidos por prenderem leitores até a última página.
Este encontro promete um mergulho nos bastidores da construção de histórias cheias de tensão e surpresas, abordando o papel da investigação, a criação de personagens ambíguos e o impacto das reviravoltas nas tramas.
A escritora Luciana De Gnone é autora do livro pra jogar “O Assassinato no Parque Lage”, o primeiro jogo literário de mistério da Mapa Crime, desenvolvido pela Mapa Lab.
Reprodução redes sociais
Autora de seis romances de ficção policial, com protagonistas femininas que enfrentam dilemas éticos, violência de gênero e crimes cercados por reviravoltas, Luciana De Gnone tem entre seus livros mais conhecidos “Evidência 7”, “Crimes em Copacabana: Caçada ao Dono da Babilônia” e “Aquilo que Nunca Soube”.