
O projeto de lei negado, visava a dissolução do Parlamento, o que derrubaria o primeiro-ministro e forçaria a convocação de novas eleições. Benjamin Netanyahu em 6 de fevereiro de 2025.
Reuters/Kent Nishimura
O Knesset, Parlamento de Israel, votou contra a moção que poderia significar o fim do governo de Benjamin Netanyahu nesta quarta-feira (11), segundo a mídia local. O projeto de lei negado, visava a dissolução do Parlamento, o que forçaria a convocação de novas eleições.
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Este foi o maior teste do governo de Netanyahu no Parlamento desde o início da guerra contra o Hamas.
Antes da votação ocorrer, havia a expectativa de que os partidos ultraortodoxos, principais aliados de Netanyahu, poderiam votar a favor do projeto.
Os partidos Shas e Judaísmo Unido da Torá (JUT), as duas siglas ultraortoxas que fazem parte da coalizão de governo de Netanyahu, ameaçaram apoiar a votação do projeto da oposição. Apesar de fortes aliados, os dois partidos se irritaram com o primeiro-ministro por ele não ter barrado uma lei isentando cidadãos ultraortodoxos de cumprirem o serviço militar.
Com a guerra de Israel, as alas mais moderadas do governo começaram a defender derrubar a isenção, que nos últimos anos já vinha dividindo a população do país, onde todos os jovens são obrigados a servir ao Exército.
O Likud, partido de Netanyahu, começou então a incentivar a aprovação de uma lei obrigando cidadãos ultraortodoxos a se alistarem ao Exército e determinando sanções para quem se negar, o que provocou a ira do Shas e do JUD.
Na terça-feira, os principais rabinos ultraortodoxos, ou haredi, emitiram um decreto religioso enfatizando sua posição contra o serviço militar.
Judeus ultraortodoxos protestam em rua de Jerusalém contra proposta do governo para derrubar lei que isenta o grupo de servir ao Exército, em 26 de fevereiro de 2024.
Ronen Zvulun/ Reuters
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