
Idalecio Costa Vidal está há 25 anos no ramo em Rio Branco e revela que datas como aniversários e Dia dos Namorados seguem aquecendo o setor. ‘O melhor é a surpresa’, complementou. Idalecio Costa Vidal trabalha há 25 anos no ramo em Rio Branco
Júnior Andrade/Rede Amazônica
🎶 Se amar assim for brega
Me chama de Marília Mendonça ou de Falcão… 🎶
💓 O que para alguns pode parecer uma forma “brega” de demonstração, para outros é uma das maneiras mais sinceras e impactantes de se declarar, seja lá qual data for. E é com esse sentimento que o empresário Idalecio Costa Vidal, há 25 anos no ramo na capital acreana, tem feito história ao volante (e no microfone) de seu carro de som, ou sendo mais específico, do carro de telemensagem.
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🚗 Seja no Dia dos Namorados, em aniversários ou para pedidos de reconciliação, os carros de telemensagem continuam marcando presença e emocionando pelas ruas de Rio Branco. O empresário conta ainda que, apesar das mudanças nos costumes ao longo dos anos, os pedidos continuam firmes.
“O amor, a emoção, nunca vão ficar velhos. Sempre vai ter algo novo, algo que surpreenda. O melhor desse carro de som é a surpresa”, contou.
🥳 Com entusiasmo contagiante, Idalécio garante que os momentos mais requisitados são em homenagens de aniversários, declarações amorosas e homenagens a mães. A inspiração para o serviço, segundo o empresário, vem de práticas antigas.
“A ideia já existia antigamente. As pessoas chegavam com instrumentos musicais na janela. Aí a ideia foi aprimorando para efeitos comerciais. Inventaram o carro de som, aí foi evoluindo: colocando balão, som, músico, locutor… E foi agradando as pessoas, os brasileiros”, falou.
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Júnior Andrade/Rede Amazônica
🤭 Brega? E daí?
Com o tempo, surgiram novas modalidades: pedidos de desculpas, homenagens póstumas e até comemorações inusitadas. Mas uma coisa não mudou, segundo ele: a capacidade de emocionar.
No entanto, nem todo mundo reage bem à ideia logo de cara. Idalecio conta que já ouviu críticas e até ameaças bem-humoradas de quem jura que jamais aceitaria uma homenagem dessas.
“Tem gente que fala assim: ‘Ah, se eu receber um negócio desse aí, eu mato’. Mas no fundo, no fundo, quer receber também”, brincou.
🚗 Carro com histórias
Idalecio afirma que seu trabalho vai além do entretenimento. Ele já participou de reconciliações e até ajudou a salvar relacionamentos. Ele acredita que o julgamento vem muitas vezes da timidez ou do medo de se emocionar.
“Por detrás de todo esse carro ‘brega’, tem uma história […] quem fala que é brega são as pessoas [que ficam] mais quebrantadas: elas querem [a homenagem], mas não querem dar o braço a torcer. Aí dizem que é mico, vergonha. Mas se a família toda se reúne, vai com carro de som na porta da pessoa, eu quero ver quem não se derrete com a surpresa”, comentou.
Carros de telemensagens levam poemas de amor e declarações no Dia dos Namorados
Para ele, o que torna a experiência única é a emoção coletiva. Neste Dia dos Namorados, a agenda já está cheia. “Eu sou a pessoa mais feliz do mundo. Se tem alguém que é feliz com o que faz, sou eu. Amor, carinho, zelo… não tem palavra pra descrever”, complementou.
Para quem ainda duvida do poder da música alta e dos balões coloridos, ele resume em uma frase:
“Se fosse brega, eu não estaria trabalhando há 25 anos”, finalizou.
*Colaborou o repórter Júnior Andrade, da Rede Amazônica Acre.
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