
Os animais estavam presos em pequenas gaiolas individuais, sem acesso à luz, água ou alimento, com ferimentos nas asas e pernas, além das esporas cortadas — indício comum de uso em brigas. Os animais estavam presos em pequenas gaiolas individuais.
Uma mulher de 26 anos foi multada em R$ 36.834,00 por maus-tratos a animais, nesta quarta-feira (10), em Nova Andradina (MS). No local, foi identificada uma estrutura semelhante a uma arena de rinha, aparentemente desativada. Ao todo, foram encontrados 35 galos em condições irregulares. Veja o vídeo acima.
Eles permaneceram sob a guarda da proprietária, que deverá cumprir uma série de obrigações para garantir o bem-estar dos animais, sob pena de novas sanções penais e administrativas.
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A Polícia Militar Ambiental (PMA) recebeu uma denúncia anônima sobre a existência de uma rinha de galos na área urbana do município. Ao chegar ao endereço indicado, os policiais encontraram dois homens. Um deles afirmou estar apenas em visita, enquanto o outro fugiu ao perceber a aproximação da equipe, pulando o muro da residência.
Durante a inspeção na área externa do imóvel, a equipe constatou a presença de diversos galos e galinhas em situação de maus-tratos. Os animais estavam confinados em pequenas gaiolas individuais, sem acesso à luz, água ou alimento.
Muitos apresentavam ferimentos nas asas e nas pernas, além de estarem com as esporas cortadas — indício típico de uso em brigas. Também foi encontrada uma estrutura semelhante a uma arena de rinha, aparentemente sem uso recente.
Poucos minutos após a chegada da polícia, a moradora do imóvel se apresentou, alegando ser, junto ao marido — que havia fugido —, a proprietária das aves. Questionada, ela não soube explicar o motivo da fuga do companheiro.
O caso será investigado pela Polícia Civil de Nova Andradina.
Destinação das aves
Segundo a PMA, diante da ausência de local adequado para o acolhimento imediato dos animais, os 35 galos foram deixados sob a responsabilidade da proprietária autuada, na condição de fiel depositária.
A mulher deverá garantir condições adequadas de alojamento, fornecimento regular de água e alimentação para os animais. O descumprimento dessas exigências poderá configurar nova prática de maus-tratos, sujeitando-a a penalidades adicionais, incluindo novas autuações e multas.
A medida visa preservar a integridade física das aves, considerando que se trata de animais treinados para brigas, o que impossibilita sua permanência em gaiolas coletivas, devido ao alto risco de agressões entre eles.
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Nova Andradina ficará responsável por acompanhar as condições de manejo e cuidados com os animais, garantindo que sejam mantidos em ambiente apropriado até que haja decisão judicial ou definição de destino por parte das autoridades competentes.
Além disso, a Vigilância Sanitária determinou a remoção imediata de outras aves mantidas em galinheiros no mesmo local, por representarem risco à saúde pública e ao bem-estar animal.
Animais não tinham acesso à luz, água ou alimento.
PMA
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