<img src=’https://img.r7.com/images/patricia-lelis-jornalista-procurada-pelo-fbi-15012024181834594′ /><br />
Patrícia Lélis, jornalista é procurada pelo FBI nos EUA
Instagram/@patricialelis
Procurada pelo FBI, a jornalista Patrícia Lélis usou as redes sociais para dizer que está "protegida em outro país". Ela virou alvo da justiça dos Estados Unidos acusada de se passar por advogada e aplicar golpes em imigrantes. O prejuízo das vítimas é estimado em R$ 3,4 milhões. “Estou protegida em outro país, entreguei os documentos que tenho e estou sendo representada por um dos melhores advogados do país", disse Lélis.
Veja também
Cidade Alerta
Caso Ágatha: mãe biológica encontrava a criança com supervisão e não tinha permissão para levá-la
Brasília
Jornalista Patrícia Lélis é procurada pelo FBI por suspeita de aplicar golpe de R$ 3,4 milhões
Brasil
Polícia diz que denúncia de mulher contra Eduardo Bolsonaro era falsa
"O governo norte-americano tem a versão deles, eu tenho a minha que inclui e-mails, fotos, vídeos e ligações. Vocês acham que internet é feita pra ser tribunal, e não é assim que as coisas funcionam", completou.
Segundo a denúncia aceita pela Justiça norte-americana, Lélis simulava ser uma advogada especializada em imigração, prometendo aos clientes a obtenção de vistos de permanência nos Estados Unidos. As garantias incluíam a promessa de adquirir vistos de residência e até mesmo de cidadania a estrangeiros, com o compromisso de que eles investiriam em imóveis ou negócios no país.
O processo detalha que a jornalista pedia adiantamentos aos clientes para dar entrada no processo de obtenção de vistos, mas os valores eram transferidos para a sua conta pessoal. Em um dos casos, ela cobrou US$ 125 mil (aproximadamente R$ 600 mil) de uma das vítimas, em novembro de 2021.
A decisão diz que Patrícia "mentiu sobre suas qualificações profissionais, sobre suas interações com o governo, com os tribunais e servidores públicos dos EUA, e deturpou transações financeiras supostamente feitas em nome de clientes. Tudo isso enquanto usava o dinheiro para fins pessoais", como o pagamento de cartões de crédito e a compra de uma casa em Arlington, no estado da Virginia.
Formalmente, ela é acusada de crimes de fraude financeira, transferência financeira ilegítima e roubo de identidade. Somadas as penas, ela pode pegar até 30 anos de prisão por crimes federais.
Patrícia ficou conhecida em 2016, depois que denunciou que teria sido vítima de estupro pelo deputado Marco Feliciano (PL). O inquérito sobre o caso chegou a ser instaurado, mas a Polícia Civil de São Paulo concluiu que as acusações eram falsas. A jornalista também teve um embate judicial com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) por denúncias de agressão. Em relatório, a Polícia Civil do Distrito Federal também afirmou que Lélis mentiu sobre o caso.