
Estudantes de Jaguariúna (SP) utilizam impressora 3D para fazer peça de suporte. Protótipo foi criado por startup de Whindersson Nunes e pesquisadores do Piauí. Faculdade de Jaguariúna constroem peças para sustentar boias e ajudar em resgates no RS
Em meio ao caos provocado pelas chuvas no Rio Grande do Sul, alunos e professores de uma universidade em Jaguariúna (SP) se inspiraram no protótipo criado pela startup do Whindersson Nunes e pesquisadores do Piauí e, utilizando uma impressora 3D, têm produzido suportes para boias com garrafas PET para auxiliar nos resgates nas cidades gaúchas.
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🖨️ Como funciona? Professor e engenheiro do curso de engenharia de produção da faculdade, Thiago Silva explica que a estrutura impressa é utilizada para conectar quatro garrafas PET e, assim, garantir a sustentação de pessoas ou animais sob a água.
Alunos de faculdade de Jaguariúna constroem protótipos para sustentar boias e ajudar resgates no RS
Arquivo pessoal
Protótipo
Criado pelo influencer Whindersson Nunes em parceria com o professor de física Gildário Lima, da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), o protótipo para sustentar as boias foi disponibilizado na internet para ajudar as vítimas da enchente.
Pelo Instagram, os alunos e professores da faculdade souberam do apelo feito pelo influencer, que ressaltou a necessidade de acelerar a criação das peças. “Quatro protótipos juntos são capazes de sustentar um cavalo de 500 kg”, destaca Thiago Silva.
Conforme o Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), os suportes são enviados pelos Correios gratuitamente. A previsão é que uma nova remessa das peças seja enviada ao Rio Grande do Sul na próxima semana.
Protótipo funciona como uma boia para o resgate de pessoas e animais
Arquivo pessoal
Custo e produção
A faculdade tem capacidade de produzir quatro peças a cada sete horas. Até a noite desta quarta-feira (15), os alunos e professores fabricaram 40 unidades, que foram enviadas às cidades gaúchas na quinta (16).
“É possível comprar o quilo [de qualquer um destes polímeros] por em média R$ 80, e cada peça sai com 130 g. Então, com 1 kg, é possível fazer sete peças, deixando o custo unitário de mais ou menos nove ou dez reais”, explica Thiago.
Além disso, o professor esclarece que qualquer pessoa que possua uma impressora 3D pode produzir o suporte. A única especificidade é que o aparelho precisa ter uma mesa com dimensão mínima de 23 × 23 cm.
“Para ajudar os alunos da engenharia que têm impressora 3D, a faculdade disponibiliza o filamento” , conta.
Thiago Silva, professor e engenheiro do curso de engenharia de produção da faculdade
Arquivo pessoal
*Estagiário sob supervisão de Gabriella Ramos.
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