Pedreiro é preso por engano no Ceará após erro de digitação em mandado de prisão da Justiça do Piauí


A pessoa que deveria ter sido presa se chama Weverton da Silva Fernandes. O inocente preso no Ceará é Weverton Fernandes da Silva, que passou três dias em detenção acusado de um crime de estupro. O caso aconteceu em Missão Velha, Cariri cearense. Pedreiro é preso por engano no Ceará após erro de digitação
O pedreiro cearense Weverton Fernandes da Silva passou três dias em uma detenção em Missão Velha, cidade do Ceará, acusado de um crime de estupro que não cometeu. Ele foi vítima de um erro de digitação no mandando de prisão, expedido pela Justiça do Piauí. O verdadeiro criminoso é identificado como Weverton da Silva Fernandes.
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O cearense Weverton, no entanto, nunca esteve no Piauí. Os dois têm o nome parecido, com sequência diferente de sobrenomes – o que foi confundido na hora da expedição do mandado.
“Tinha acabado de chegar do hospital, fui ficar com meu avô que tinha tido AVC (Acidente Vascular Cerebral). Estava almoçando quando chegou uma viatura. Fui de boa e quando cheguei lá tinha um mandado de prisão do Piauí. Não sei nem onde é que fica. E uma acusação grave de estupro como essa… Sou pai de família.”, relatou a vítima à TV Verdes Mares.
Weverton Fernandes da Silva mostra o alvará de soltura.
Lorena Tavares/ Sistema Verdes Mares (SVM)
Ele foi levado à delegacia de Missão Velha, Cariri cearense, no dia 8 de março. Ficou preso de sexta-feira até segunda (11). O advogado do caso, Wellinton Ribeiro Araruna, explica detalhes:
“Quando fui analisar o processo, era de 2015, e o Weverton nasceu em 1996. Ou seja, naquela época ele só tinha 17 anos. Isso intrigou muito a gente na defesa, e repassamos para o delegado.”
O advogado foi acionado pela mãe do cearense Weverton, e logo suspeitou das informações do mandado. Com as provas em mãos e enviadas à Justiça Cearense, o erro foi desfeito.
A mãe da vítima buscou logo um advogado. Ele detectou os erros.
Lorena Tavares/ Sistema Verdes Mares (SVM).
A vítima conseguiu o alvará de soltura após três dias preso, mas ainda carrega as marcas do constrangimento. “Diante disso, estamos buscando uma reparação pelos danos sofridos.”, comentou o advogado Wellinton Ribeiro.
A TV Verdes Mares solicitou posicionamento das Justiças do Ceará e do Piauí, mas não recebeu resposta até a publicação desta matéria.
Ainda se recuperando do susto, Weverton tenta fazer planos para o futuro. A família também segue assustada:
“Fiquei muito abalada. Na época do crime meu filho tinha 17 anos e ainda estudava. Eu levava e trazia ele para a escola porque eu trabalhava lá também. Ele é um menino honesto e trabalhador.”, desabafou Francisca Fernandes, mãe do pedreiro.
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