Câmara de Vereadores de Teresina aprova reajuste de 20,8% para professores da rede municipal


A decisão segue para a sanção do prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, mas a expectativa da base do prefeito é de que a emenda seja vetada. Professores continuam em greve. Câmara de Vereadores de Teresina aprova reajuste de 20,8% para professores da rede municipal
Sindserm/ Divulgação
A Câmara Municipal aprovou, nesta terça-feira (19), o reajuste de 20,8% no salário dos servidores da Rede de Ensino do Município de Teresina. O índice é superior à proposta apresentada pela Prefeitura de Teresina, de 5% de aumento. A decisão agora segue para a sanção do prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, mas a expectativa da base do prefeito é de que a emenda seja vetada.
Os professores entraram em greve por reajuste salarial no dia 4 de março e cobraram dos vereadores a mediação com a prefeitura. O reajuste foi aprovado por unanimidade através de uma Emenda ao projeto original apresentado pela Prefeitura, que tramitou em regime de urgência especial e recebeu a maioria dos votos.
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O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm), Sinésio Soares, explicou que os vereadores ajustaram o projeto da prefeitura, que foi considerado ilegal, e espera que o prefeito sancione a medida, em conformidade com a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
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“O que aconteceu foi que os vereadores colocaram dentro da lei um projeto ilegal que veio da prefeitura. A prefeitura não respondeu ao TCE e isso foi entregue para cada um dos vereadores e eles colocaram dentro da lei compensando o reajuste que não foi concedido, mas foi reconhecido pelo TCE. Essa emenda coloca os 20,8% e esperamos que o Prefeito não vete a regularização do reajuste que veio ilegal para cá e que obedeça o que foi decidido pelo acórdão do TCE”, disse Sinésio Soares.
Greve continua
Sinésio Soares também enfatizou que, apesar da aprovação na Câmara, a greve continuará até que haja clareza sobre a posição do prefeito em relação ao reajuste.
“Amanhã nós estamos propondo ir lá para a Prefeitura, para que o prefeito sancione. Se essa Casa aprovou, é porque tem recurso. Infelizmente a greve vai ter que continuar porque nós não sabemos qual é a proposta do prefeito. Eu espero que ele não demore quinze dias pra resolver”, disse Sinésio.
O líder do prefeito na Câmara, vereador Antônio José Lira, manifestou a expectativa de que o prefeito vete o reajuste, argumentando que o aumento proposto traria complicações financeiras para a cidade.
“Quem perdeu hoje? Foram os professores, porque essa Casa politizou. O prefeito Dr. Pessoa deu um aumento de R$ 1.400 em relação ao Governo Federal e já iria entrar na folha de março. E agora vai voltar ao Palácio, vai ser vetada a emenda e vai trazer uma complexidade com relação ao que poderia ser aprovado hoje”, pontuou.
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