Família morta em Niterói: o que se sabe e o que falta esclarecer


Quais as linhas de investigação? Por que Filipe estava em Niterói? O crime foi motivado por dinheiro? Veja respostas para essas e outras questões. Enterro de família assassinada em Niterói será realizado no Cemitério do Pacheco
A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí investiga a morte de uma família no fim da noite de domingo (17): Filipe Rodrigues, de 24 anos, Rayssa Santos, de 23, e Miguel Filipe, de 7 meses, estavam em um carro alugado quando criminosos em uma moto abriram fogo.
O casal morreu na hora, e o bebê, horas depois, no hospital. O enterro dos corpos foi marcado para a tarde desta terça-feira (19).
A Polícia Civil do RJ não descartou nenhuma linha de investigação. Uma delas é que o trio morreu por causa de R$ 5 mil. A delegacia também descobriu que Rayssa tinha obtido uma medida protetiva contra um ex-companheiro.
Veja algumas perguntas do caso — algumas ainda sem resposta.
O que há de provas até agora?
Por que a família estava em Niterói?
Por onde a família esteve?
A família foi morta por dinheiro?
Que dinheiro é esse?
Alguém ligou para Filipe para que pegasse o dinheiro?
O dinheiro já estava com a família?
Pode ter sido um assalto?
Pode ter sido um crime passional?
Filipe Rodrigues, Miguel Felipe e Rayssa Santos
Reprodução
1. O que há de provas até agora?
Policiais recolheram 9 estojos de bala no local do crime — que passariam por perícia—, mas já se sabe que a arma usada no crime foi uma pistola .40.
2. Por que a família estava em Niterói?
Ainda não se sabe.
3. Por onde a família esteve?
O local do crime, no Baldeador, em Niterói, fica a cerca de 15 km do Pacheco, em São Gonçalo, onde a família morava.
Rayssa e Filipe Miguel tinham passado o domingo em Santa Izabel, na área rural de São Gonçalo, em um almoço com parentes. Filipe, gesseiro e motorista de aplicativo, ficou rodando a trabalho com um Voyage recém-alugado, pois o carro da família estava na oficina.
Por volta das 17h, Filipe foi buscar a mulher e o filho em Santa Izabel, e todos seguiram para casa, a cerca de 5 km dali, no Pacheco — onde dividem o terreno com outros parentes.
Um deles é o padrasto de Rayssa, que afirmou ter visto a enteada, o genro e o neto em casa, por volta das 18h, quando a jovem foi encher galões d’água.
O padrasto, porém, não reparou quando, mais tarde, os 3 saíram com destino a Niterói. Ele disse apenas, após ser comunicado do crime, que encontrou a casa da enteada “com luzes acesas e o ar-condicionado ligado”. Uma chupeta de Miguel Filipe também foi deixada na residência.
Para o padrasto, seria uma saída rápida.
Mapas mostram por onde a família passou antes de ser alvo de disparos
Infografia: Vitor Souza Pereira/g1
4. A família foi morta por dinheiro?
É uma das linhas de investigação da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, mas não havia provas até a última atualização desta reportagem.
5. Que dinheiro é esse?
Parentes contaram que Filipe tinha dito por alto que “iria pegar R$ 5 mil” para dar de entrada na compra de uma casa.
Ainda não está claro de onde esse dinheiro viria: se foi um empréstimo dado por Filipe a alguém, se era o valor não pago de um trabalho com gesso ou se Filipe ainda iria contrair essa dívida.
Carro foi alvo de disparos em Niterói
Reprodução/TV Globo
6. Alguém ligou para Filipe para que pegasse o dinheiro?
É uma das hipóteses levantadas pelos parentes, mas ainda não há provas disso.
7. O dinheiro já estava com a família?
Não se sabe.
8. Pode ter sido um assalto?
A polícia não descartou nenhuma hipótese e busca entender se ladrões os seguiram, esperaram Filipe pegar o dinheiro e atiraram para roubá-lo.
9. Pode ter sido um crime passional?
A delegacia também procura esclarecer o que motivou Rayssa a pedir uma medida protetiva contra o ex e quando a Justiça a expediu. Agentes já estiveram na casa dele e esperavam tomar seu depoimento.
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