Desde a semana passada, Corpo de Bombeiros tem recebido vários chamados sobre suspeita de vazamento de gás na cidade. Problema pode ter relação com lançamento irregular de resíduos em córrego. Odor relatado foi ao longo do Ribeirão Arrudas em BH
Defesa Civil / Divulgação
O Núcleo de Emergência Ambiental (NEA), da Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais, está realizando análises para tentar verificar a origem de um cheiro semelhante ao de gás de cozinha relatado em diferentes pontos de Belo Horizonte nos últimos dias.
Segundo o Corpo de Bombeiros, desde a semana passada, a corporação tem recebido diversos chamados sobre suspeita de vazamento de gás na cidade, em horários e locais variados, ao longo do Ribeirão Arrudas.
“Apesar do odor relatado, as concentrações aferidas pelo monitoramento de gases do CBMMG não revelou risco de incêndio ou explosão”, disseram os bombeiros, em nota.
Nas redes sociais, há centenas de relatos sobre o assunto, principalmente de moradores das regionais Leste e Barreiro.
“Há alguns dias estamos sentindo um cheiro muito forte de gás, principalmente à noite. O cheiro é tão forte que tem causado mal-estar e dor de cabeça em algumas pessoas”, disse a aposentada Gisleny Valle, moradora do Barreiro, ao g1.
Lançamento irregular de resíduos
Além do Núcleo de Emergência Ambiental, a Prefeitura de Belo Horizonte está monitorando o caso.
O município realizou vistorias em empresas localizadas na área do Córrego Olaria, na Região do Barreiro, que deságua no Ribeirão Arrudas, e detectou lançamento irregular de resíduos nas redes de esgoto e drenagem por parte de uma delas, nesta segunda-feira (18).
“Está sendo avaliado se os lançamentos irregulares deram causa aos eventos de mau cheiro verificados na região dos córregos Olaria e Jatobá, além da Bacia do Arrudas”, disse a prefeitura, em nota.
Córrego Olaria/Jatobá, na Região do Barreiro
Sudecap/Divulgação
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente solicitou à Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) a análise da amostra coletada do resíduo lançado irregularmente.
A empresa responsável pelo descarte foi autuada por “operar sistema de tratamento prévio de efluentes líquidos em más condições de funcionamento, causando degradação ambiental”. A multa ainda será calculada.
Gasmig descarta problema
O g1 também questionou a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), distribuidora de gás natural canalizado no estado, sobre os relatos de cheiro de gás em Belo Horizonte.
Em nota, a empresa afirmou que “não está com nenhum problema em seu sistema de distribuição de gás natural”.
“Os chamados de cheiro de gás recebidos nos últimos dias em nossos canais de comunicação e pelo Corpo de Bombeiros, a maioria fora da área de atuação da Gasmig, foram verificados e nada constou nas inspeções”.
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