Obras de Poty Lazzarotto ganham exposição no Museu Oscar Niemeyer em celebração ao seu centenário

O artista ilustrou livros de diversos autores, como Guimarães Rosa, Raquel de Queiroz, Graciliano Ramos e José de Alencar. Exposição marca 100 anos de nascimento de Napoleon Potyguara Lazzaroto, o Poty, um dos maiores desenhistas e ilustradores brasileiros
Uma exposição com obras inéditas para o público vai comemorar o centenário de um dos maiores ilustradores brasileiros.
Mesmo depois da morte, Napoleon Potyguara Lazzaroto, o Poty, nunca deixou Curitiba. Suas obras estão por toda a cidade, como uma grande exposição de arte a céu aberto. Uma lembrança do artista que, se estivesse vivo, completaria 100 anos em 2024. João Lazzarotto viu de perto o talento do irmão.
“O Poty era um cara fabuloso, inteligente. Ele tinha todas as qualidades nessa área aí de cada vez ilustrar mais”, conta João.
Poty deixou suas marcas em outras cidades brasileiras. Como um painel em exposição no Memorial da América Latina, em São Paulo. Ele também ilustrou livros de diversos autores, como Guimarães Rosa, Raquel de Queiroz, Graciliano Ramos e José de Alencar. Poty ficou amigo Jorge Amado, de quem recebeu, em uma carta, o convite para uma visita em Paris.
O legado do Poty continua vivo. Em 2022, a família do artista doou mais de 4 mil obras para o Museu Oscar Niemeyer. Parte do acervo nunca foi vista pelo público, como um caderno de desenhos que Potty usava para estudar.
Nas páginas, o registro da genialidade de Poty: do esboço à aquarela. O novo acervo tem gravuras, ilustrações, tapetes, peças de concreto. A doação atendeu a um desejo do artista.
“Ele disse: ‘Guilherme, a minha obra é para todo mundo ver'”, revela Guilherme, amigo de Poty.
O material está sendo separado para uma exposição do Museu Oscar Niemeyer, que vai celebrar o centenário de Poty.
“Poder fazer uma exposição para ele, comemorando o que seriam os seus 100 anos, realmente é da maior importância não só para arte paranaense, brasileira e mundial, afinal Poty realmente representava aquilo que é nosso”, diz Juliana Vosnika, diretora-presidente do Museu Oscar Niemeyer.
“É impossível deixar passar em branco essa grande data para arte paranaense e para arte brasileira, onde o Poty tem seguido como um dos grandes nomes”, afirma o galerista Robson Krieger.
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