Jovem denunciou que foi obrigada a ficar nua durante raio-X em uma UPA da Zona Oeste do Rio. Fundação Saúde informou que professional foi afastado. Técnico de radiologia é preso por obrigar paciente a ficar nua em raio-x no Rio
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O Conselho Regional de Técnicos em Radiologia do Rio de Janeiro informou que abriu uma sindicância e acionou a Comissão de Ética e Disciplina para “as devidas medidas cabíveis” após um técnico de radiologia ser preso em flagrante por importunação sexual dentro de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Oeste do Rio, nesta terça-feira (19).
De acordo com a polícia, o técnico Felipe André de Araújo Reis obrigou uma jovem, de 18 anos, a ficar sem blusa durante a realização de um raio-X, na noite de segunda (18).
“A entidade entende que é inadmissível que homens enxerguem o corpo das mulheres como objeto, pois estes não são públicos e merecem total respeito de quem quer que seja”, diz a nota do Conselho.
“Ao realizar o exame da forma que fez, o acusado não só feriu as premissas das técnicas radiológicas, mas, efetivamente, cometeu crime definido na Lei número 13.718/2018 e tipificado no Código Penal em seu artigo 215-A.”
O pai da vítima, que também é técnico de radiologia, procurou a polícia logo após sair da Unidade de Pronto Atendimento de Campo Grande. Depois que a filha fez o exame, ele logo percebeu que a prática era errada – já que não foi fornecido nada que a cobrisse depois de tirar a blusa.
Antes de sair do hospital, a família fez uma queixa formal com a supervisão do plantão. Horas depois, policiais da 35ª DP (Campo Grande) localizaram o acusado dentro da mesma unidade hospitalar. O técnico foi encaminhado para o sistema prisional.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que determinou que seja feita uma apuração detalhada do caso e que vai tentar contato com a jovem e sua família para oferecer apoio.
“Além disso, será enviada à UPA uma equipe de humanização e qualidade do cuidado de segurança do paciente para revisão dos fluxos e organização do processo de trabalho.”
A Fundação Saúde, administradora da UPA, disse que o acusado é terceirizado e foi imediatamente afastado da unidade.