
A ação ocorreu simultaneamente em 20 Unidades de Conservação pelo Brasil. A ação ocorreu simultaneamente em 20 Unidades de Conservação pelo Brasil.
ICMBIO/Divulgação
Os servidores do Instituto Chico Mendes (ICMBio) realizaram, no domingo (17), um ato na Floresta Nacional (Flona) do Tapajós, em Belterra, no oeste do Pará reivindicando a reestruturação da carreira de Especialista em Meio Ambiente. A ação ocorreu simultaneamente em 20 Unidades de Conservação pelo Brasil.
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No ato, os servidores fixaram uma faixa na entrada da comunidade de São Domingos na base do ICMBio e dialogaram com visitantes, explicando as reivindicações e a importância do trabalho ambiental no âmbito federal.
A Flona do Tapajós é a unidade de conversação com maior número de pesquisas científicas da Amazônia e recebe mais de 20.000 visitantes nacionais e estrangeiros anualmente, é local de residência de mais de 1000 famílias de povos e comunidades tradicionais, cerca de 4000 pessoas, além de ser referência em manejo sustentável da floresta por comunidade tradicionais.
De acordo com um servidor que não quis ser identificado, a importância da Flona e das Unidades de Conservação federais está demonstrada pelos números e pelo reconhecimento da sociedade de sua importância para o futuro da Amazônia e do planeta, porém, tudo isso só é possível pelo trabalho dedicado de servidores da carreira ambiental.
“Os servidores enfrentam as mais adversas situações, em atividades de campo desgastantes pela floresta, deslocamento perigosos em que inclusive levou a fatalidade de um servidor da Flona do Tapajós no ano de 2023, em péssimas condições de trabalho, com cobranças da sociedade e do governo para apresentação de resultados. Por exemplo, as metas audaciosas do governo para o desmatamento zero e compromissos ambientais firmados pelo governo, com a realização da COP na Amazônia”, disse.
As reivindicações dos servidores do ICMBio, além de outros órgãos ambientais federais como o IBAMA, incluem a reestruturação da carreira, inalterada há uma década, e valorização da área.
Com a estagnação, a carreira se torna cada vez menos atrativa, com cada vez menos profissionais. Cerca de 20% de servidores que chegaram através de concursos realizados em 2022, por exemplo, já deixaram os órgãos ambientais para assumir cargos em carreiras mais valorizadas. Além disso, ao menos 70% dos servidores do Ibama estão inscritos em outros concursos, o que no curto prazo pode levar a um colapso de pessoal.
O ato faz parte de uma série de ações realizadas pelos servidores desde janeiro, quando algumas atividades externas foram suspensas, como a fiscalização, afetando também o licenciamento ambiental.
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