Em entrevista ao g1, Anísio Lima, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Piauí (CRMV), disse que o principal problema desse tipo de ato (beijar o pet) são as Zoonoses, doenças infecciosas transmitidas entre animais e pessoas. Para Luana Cattani, o amor tem quatro letras e quatro patas: Nick
Arquivo pessoal
É comum ver donos de pets beijando os animais na boca ou permitindo que eles façam isso como uma demonstração de amor. Mas isso pode ser muito perigoso para a saúde de ambos. O risco de uma mordida e a chance de contrair doenças e infecções aumentam com essa ação. Nesta semana, a modelo Eryka Costa, teve parte do lábio superior arrancado ao ser mordida pelo pet, o cão Bolinha.
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Sobre o acidente com Bolinha, a modelo relatou ao g1 que estava em seu quarto (veja vídeo abaixo) quando começou a brincar com o cachorro, o Bolinha, sem raça definida (SRD). Ela então tentou beijar o cachorro na boca. Nesse momento, ele avançou e deu a mordida nela.
“Foi muito rápido. Ele estava tranquilo e eu fui brincar com ele durante a manhã. É normal, eu sempre brinco com ele, mas dessa vez ele ficou meio agitado. Ele tem esse costume, então foi um pouco de descuido meu”, relatou.
Modelo leva 10 pontos após tentar beijar cachorro e sofrer mordida no lábio
🤒🦠 Doenças
Além do risco mais evidente, uma mordida, Anísio Lima, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Piauí (CRMV), disse que o principal problema desse tipo de ato (beijar o pet), são as Zoonoses, doenças infecciosas transmitidas entre animais e pessoas.
“As Zoonoses são doenças muito perigosas! Nós não temos noção, mas mesmo os animais domésticos, que ficam dentro de casa, são muito suscetíveis a tê-las”, informou.
A recomendação é vacinar corretamente os pets, realizar a vermifugação e mantê-los sempre limpos.
Reprodução EPTV
De acordo com o Anísio, a principal doença é a raiva, que pode ser transmitida diretamente pela saliva ou mordida. Ele destaca que mesmo com vacinas e higienização constante, a doença pode ser mortal.
Raiva: o que é, transmissão, sintomas, diagnóstico e prevenção
“Nós precisamos entender que sim as chances podem ser mínimas, mas estão sempre ativas. A raiva é o melhor exemplo de doença que pode ser transmitidas com esse tipo de ação”, relatou.
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Ainda segundo o veterinário, para evitar todas essas doenças, a recomendação é vacinar corretamente os pets, realizar a vermifugação e mantê-los sempre limpos. Outra recomendação, é manter em dia as vacinas de todos os membros da casa.
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⚠️🐶 Atenção aos sinais
Ao g1, a adestradora Virginia Leal deu algumas dicas de cuidados na hora de se relacionar com o seu pet. Entre eles, a adestradora destaca ter atenção aos possíveis sinais que os pets podem transmitir.
“Tem animal que não suporta carinho. Tem que prestar atenção se ele se afasta, se ele rosna, se ele tem alguma ‘virada de cara’. Então, eles têm maneiras, mesmo que sutis, de demonstrar se aquela interação não está legal”, informou.
A adestradora citou ainda que os animais podem ser ensinados a gostarem de carinho, mas que, mesmo assim, os cuidados devem vir em primeiro lugar.
“Os animais também podem ser ensinados a receberem todo tipo de carinho, mas também vale uma outra analise, sobre o perfil do animal, sobre sua raça e tudo mais”, finalizou.
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