Após reforma e restauração de obras, espaço abrirá para visitação de terça a domingo, com acesso gratuito. Prefeitura promete vigilância 24 horas e monitoramento por câmeras para evitar nova vandalização do espaço. Parque de Esculturas Francisco Brennand, no Bairro do Recife
Gustavo Ferreira/TV Globo
Foi reinaugurado, nesta quinta-feira (20), o Parque de Esculturas Francisco Brennand, no Centro do Recife. O museu a céu aberto passou por obras de requalificação, iniciadas em 2021, após anos sofrendo com vandalismo, roubos e a deterioração causada pela natureza.
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Inaugurado em 2000, em comemoração aos 500 anos do Brasil, o parque foi idealizado por Francisco Brennand, artista plástico que morreu em 2019, e se tornou um dos cartões-postais do Recife.
Segundo a prefeitura do Recife, foram investidos R$ 9,5 milhões de recursos próprios para reformar o espaço e restaurar as esculturas do artista plástico pernambucano. Muitas delas foram vandalizadas e roubadas ao longo dos anos (veja mais abaixo).
Esculturas de Francisco Brennand foram restauradas e estão novamente em exposição no Marco Zero do Recife
Gustavo Ferreira/TV Globo
O acervo conta com cerca de cem peças, que contam de forma simbólica parte da história de Pernambuco. O parque conta com novo píer, banheiros, bicicletário e bancos. O espaço também terá vigilância 24 horas, monitoramento por câmeras de segurança, iluminação noturna e uma sede administrativa.
O parque vai funcionar de terça a sexta, das 10h às 17h, e sábado e domingo das 9h às 18h, com acesso gratuito. O acesso preferencial ao local é pelo Rio Capibaribe, utilizando o serviço de barqueiros ou de catamarã para atravessar da Praça do Marco Zero para o parque.
A requalificação e o restauro das obras foi realizado pelo artista plástico Jobson Figueiredo, com o apoio do Instituto Oficina Francisco Brennand.
Vista do Recife a partir do Parque de Esculturas Francisco Brennand, no Marco Zero
Gustavo Ferreira/TV Globo
Abandono
Foto mostra pelicano que ficava no Parque das Esculturas e situação do local nesta sexta-feira (4)
Reprodução/WhatsApp
Apesar de ser um importante ponto turístico do Recife, o parque passou anos sendo alvo de vândalos e do descaso do poder público. Os problemas começaram logo depois da inauguração e as obras de arte foram recuperadas em 2014.
Além de marcas de depredação na Cerâmica Brannand, monumentos foram quebrados e pichados em vários pontos.
Originalmente, o local contava com 90 esculturas. No entanto, esse número foi diminuindo, devido aos roubos.
Em 4 de dezembro de 2020, uma serpente de bronze, que tinha cerca de 20 metros de comprimento e 1,5 metro de altura, e diversos pássaros que ficavam voltados para o Marco Zero do Recife Antigo foram furtados. Em fevereiro de 2021, cinco homens foram presos pelo crime.
A falta de segurança e de revitalização foi alvo de várias denúncias e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) abriu uma auditoria especial para apurar e indicar a responsabilidade da prefeitura do Recife no roubo.
No levantamento, o TCE informou que foram levadas 64, das 79 peças doadas em vida por Brennand.
Através da Lei de Acesso à Informação, em janeiro de 2021, o g1 obteve uma resposta da prefeitura sobre o período de atuação da Guarda Municipal no local. A prefeitura informou havia apenas 35 minutos por dia de segurança ao patrimônio no Parque de Esculturas.
Um dia após a prisão das cinco pessoas acusadas de roubar as esculturas, a prefeitura anunciou o investimento de R$ 6 milhões para a recuperação do parque e disse que aguardava o projeto do artista Jobson Figueiredo. Outra promessa era a de que o parque teria vigilância 24 horas.
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