População trabalhando cresce 28% na região de Campinas em relação ao pré-pandemia, maior alta de SP


Levantamento da Fundação Seade mostra que chegou a 1,8 milhão o número de ocupados na RMC, aumento de 419 mil moradores em trabalhos formais e informais se comparado com o fim de 2019. Imagem aérea da Avenida Francisco Glicério, em Campinas
Reprodução/EPTV
Chegou a 1,8 milhão o número de pessoas trabalhando na Região Metropolitana de Campinas (RMC) no último trimestre de 2023, uma alta de 28,9% se comparado com o mesmo período de 2019, antes da pandemia da Covid-19.
O crescimento percentual no número de ocupados, que inclui vagas formais e informais, é o maior de São Paulo, de acordo com a Fundação Seade. Para efeito de comparação, a taxa no estado foi de 6,5%.
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A análise leva em conta dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Foram praticamente 420 mil postos de trabalho a mais. Não só recuperou a fase pré-pandemia, como cresceu, e com o melhor resultado para todas as regiões, o que confirma o dinamismo da Região Metropolitana de Campinas”, pondera Alexandre Loloian, economista da Fundação Seade.

Depois de Campinas, a região do estado com o melhor desempenho no mesmo período foi a do chamado “Entorno Metropolitano Ocidental”, que envolve 19 municípios ao lado da capital, entre eles Barueri e Osasco, por exemplo. A taxa de crescimento da população ocupada foi de 13,8%.
Já algumas regiões de São Paulo apresentaram redução na população com trabalho formal ou informal, como a Baixada Santista, onde o total de ocupados caiu de 1,150 milhão no fim de 2019, para 1,020 milhão no último trimestre de 2023, queda de 11,3%.
Cenário positivo
O economista chama atenção para um recorte do último trimestre de 2023, que mostra que a taxa de ocupação na região de Campinas cresceu, no comparativo com o trimestre anterior, e a ponto de absorver uma massa que volta a se animar com a chance de trabalho.
“O crescimento foi de 5,1%, só abaixo do entorno da capital. Foram 91 mil novos postos, absorvendo muitos que estavam fora do mercado de trabalho, diminuindo a taxa de desocupados. Vemos que muitas pessoas que estavam fora, seja porque estavam estudando ou já eram desalentados, se entusiasmaram com o cenário positivo”, avalia Loloian.
É necessário ponderar que o crescimento da ocupação nos últimos três meses do ano, em relação ao período anterior, é um movimento esperado por questões sazonais, principalmente no comércio, diante das festas e vendas de fim de ano, impulsionado por contratos temporários.
Carteira de Trabalho
Divulgação Seteq
Construção e indústria em crescimento
No entanto, o representante da Fundação Seade pontua que há indicadores de avanços em setores, como construção, indústria e serviços, além de outros elementos, como redução da taxa de juros e investimentos do setor público em obras, entre outros, que sinalizam dados positivos em relação ao emprego no primeiro semestre de 2024.
“Os dados do Caged de janeiro mostram que a construção e indústria na RMC cresceram forte. E diante do mercado de trabalho superaquecido, crédito melhorando, inadimplência reduzindo, volta de investimento em setores industriais, as expectativas são boas”, destaca Loloian.
De acordo com o Caged, a RMC criou 3.587 postos de trabalho com carteira assinada em janeiro, alta de 32,9% em relação ao mesmo período de 2023, quando o saldo foi de 2.699 nos 20 municípios que formam a região metropolitana.
Setor da construção civil registrou aumento nas vagas criadas em Campinas (SP)
Alexandre de Jesus/EPTV
A maior alta no trabalho formal foi no setor da construção, com 2.506 contratações a mais do que desligamentos – em Campinas, foi a área que mais gerou emprego, contribuindo para dados positivos no primeiro mês de 2024.
Indústria (1.842) e serviços (658) também tiveram crescimento, enquanto o comércio, em movimento esperado após o fim de ano, fechou 1.028 postos de trabalho na RMC. Outras 391 vagas foram encerradas no setor de agropecuária.
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