Maioria dos cortes de carne teve aumento de preço em Rio Branco, aponta estudo


Por outro lado, cortes nobres como picanha e filé tiveram redução no custo aos clientes. Estudo do PET Economia da Ufac também mostrou que preços são menores em açougues na comparação com supermercados. Maioria dos cortes teve aumento de preço na comparação com a mesma semana em fevereiro
Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Lista de compras, carrinho, e… calculadora. Assim costuma ser a rotina dos rio-branquenses na ida às compras básicas do dia a dia. E de acordo com um estudo do Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de economia da Universidade Federal do Acre (Ufac), os cálculos tiveram resultados um pouco menos satisfatórios no que diz respeito à carne na capital acreana.
Isso porque 7 dos 12 cortes pesquisados tiveram aumento na capital acreana no período entre 8 e 12 de março. O levantamento monitorou os preços de 55 estabelecimentos comerciais de Rio Branco, e também mostrou que os cortes nobres, como picanha e filé, que são mais caros, figuram entre os que tiveram redução na comparação com o mesmo período no mês anterior.
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Marcos Vinicius de Oliveira, um dos bolsistas do programa e que participou do estudo, ressalta que o objetivo é ajudar o público a encontrar alternativas para economizar nas compras. Oliveira explica que o estudo é mensal, e que vai continuar ao longo de 2024.
“O estudo surge da vontade de mostrar à população que havia diferenciação entre o valor do preço da carne em supermercados e em açougues. Com isso, de certa forma, pretendemos ajudar para que haja uma economia da população. A pesquisa é realizada mensalmente, na segunda semana do mês, em 50 estabelecimentos, sendo que 3 desses são os principais supermercados da cidade e os outros 47 são açougues”, explica.
Variação de preços de carne em Rio Branco
Conforme o estudo, o preço mais baixo identificado nos estabelecimentos foi de R$ 3,99 cobrado em dois comércios para 1 kg de fígado. Já o preço mais alto encontrado no período foi de R$ 78,99 por 1 kg de picanha, também em dois estabelecimentos.
Média de preços é maior em mercados do que em açougues
Reprodução
Pela média de preços, o estudo também mostrou que os preços são menores em açougues na comparação com supermercados. A maioria dos índices que o estudo encontrou foi menor em estabelecimentos especializados no comércio de carne.
“Nesse mês, nós tivemos queda em dois cortes de carne, e aumento nos outros, que são de maior consumo da população em geral. Nos meses que realizamos a pesquisa ainda não conseguimos tirar conclusões-chave de como o preço da carne varia, e quais fatores são motivadores dessa questão. No mais, nossa pesquisa, por enquanto, busca apenas mostrar se há ou não variação e qual o valor, sendo necessário que ela amadureça por mais meses para que possamos observar e analisar fatores”, acrescenta.
Média de preços é maior em mercados do que em açougues
Reprodução
Inflação em fevereiro
Baixa na inflação em fevereiro foi puxada pela queda de 19,37% nos preços das passagens aéreas na capital
Tácita Muniz/g1/Arquivo
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que é considerado a inflação oficial, ficou em 0,26% em fevereiro na capital acreana, menor do que o percentual de janeiro, que registrou 0,63%. Este é o menor resultado entre as capitais brasileiras estudadas no mês anterior. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta terça-feira (12).
Diferentemente do mês de janeiro, o qual foi puxado pelo setor de habitação, em fevereiro a baixa na inflação teve como fator preponderante a queda de 19,37% nos preços da passagem aérea.
No setor de transportes, o IBGE destaca que a variação de 1,91% do ônibus urbano foi influenciada pelo reajuste em Vitória (ES), em São Paulo (SP), e na capital acreana, de 3,55%, após aplicação da gratuidade nos dias 17, 24 e 31 de dezembro.
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Com o resultado alcançado no segundo mês de 2024, o estado registrou uma queda de 0,37% em relação a janeiro. No acumulado de 12 meses, o índice ficou em 4,39% e com base nos dois primeiros, o percentual ficou em 0,89% este ano.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
Em termos nacionais, sete dos nove produtos e serviços pesquisados tiveram alta em fevereiro. A maior variação (4,98%) e o maior impacto (0,29%) vieram de Educação. Outros destaques foram os grupos Alimentação e bebidas (0,95% e 0,20%) e Transportes (0,72% e 0,15%). No geral, o índice ficou em 0,84% no país.
Veja o resultado dos grupos do IPCA:
Alimentação e bebidas: 0,95%;
Habitação: 0,27%;
Artigos de residência: -0,07%;
Vestuário: -0,44%;
Transportes: 0,72%;
Saúde e cuidados pessoais: 0,65%;
Despesas pessoais: 0,05%;
Educação: 4,98%;
Comunicação: 1,56%.
VÍDEOS: g1
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