Papagaio-drácula: conheça ave nomeada em homenagem ao vampiro dos cinemas


Plumagem do animal tem semelhança com as roupas do personagem Conde Drácula. Espécie se encontra nas áreas onde predominam colinas e floretas de montanhas baixas
Mehd Halaouate/iNaturalist
Nativo da Nova Guiné, o papagaio-drácula (Psittrichas fulgidus), também conhecido como papagaio-de-pesquet, recebe o nome popular em tributo ao personagem fictício Conde Drácula, que dá título ao romance de terror gótico escrito por Bram Stoker, em 1897.
O motivo está relacionado à plumagem predominantemente preta, com penas vermelhas brilhantes na barriga e nas asas, mesmo padrão de cores presente das roupas do vampiro.
Papagaio-drácula recebe esse nome popular em tributo ao Conde Drácula
Greg Hume
Endêmica das floretas tropicais da ilha situada no sudoeste do Oceano Pacífico, a espécie ocorre nas áreas onde predominam colinas e floretas de montanhas baixas.
O papagaio-drácula é considerado um papagaio grande, com um comprimento total de aproximadamente 46 centímetros e um peso de 680 a 800 gramas.
Atualmente, está avaliado como Vulnerável (VU) na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a conservação da Natureza (IUCN).
“A espécie está ameaçada de extinção tanto por ser procurada para comércio de pet, como também pela destruição de habitats e utilização das penas em arte plumária ritualística dos povos originários de onde ocorre”, explica o ornitólogo Guilherme Brito.
Papagaio-drácula se alimenta principalmente de figos
Mehd Halaouate/iNaturalist
O papagaio-drácula prefere e consome principalmente variedades de figos. No entanto, de acordo com Brito, a espécie já foi registrada se alimentado de flores e néctar.
“Isso é um fato interessante ecologicamente, pois é pouco comum. Geralmente os frugívoros diversificam mais a dieta, porque fica mais fácil de controlar a oferta de frutos o ano todo”.
Falta de penas na face é uma característica do papagaio-drácula.
Peter Tan
Outro fato interessante é que a face do papagaio é desprovida de penas, adaptação provavelmente desenvolvida para evitar que restos de frutos grudem na plumagem, apodreçam e atraiam insetos indesejados. Essa adaptação, segundo o pesquisador, também pode ser vista em duas espécies nativas do Brasil, a curica-urubu (Pyrilia vulturina) e o papagaio-de-cabeça-laranja (Pyrilia aurantiocephala).
A vocalização do papagaio-drácula também é diferente, já que a ave faz ruídos peculiares, geralmente descritos como rugidos e rosnados.
*Texto sob supervisão de Nicolle Januzzi
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