Berço do maior rio do mundo está localizado na Cordilheira dos Andes, no Peru, a 5.180 metros de altitude. Projeto quer criar área de proteção ambiental na região da nascente do Rio Amazonas, no Peru
Um cenário árido, seco e rodeado por vulcões, é neste ambiente que está a origem do maior rio do mundo, o Amazonas. Seu berço está localizado na Cordilheira dos Andes, no Peru, que vem sofrendo com as mudanças climáticas.
A nascente se encontra a 5.180 metros de altitude, em um local de ar mais rarefeito, fenômeno conhecido como aclimatação.
Veja a seguir como as mudanças climáticas vem alterando o caminho até o berço do rio:
⛰️3 mil metros de altitude: a seca está enfraquecendo os animais, relata a moradora Peregrina Puma. Com 67 anos, ela se considera uma das guardiãs das águas e vem testemunhando as mudanças do local.
O clima é polar e quem vive no campo tem percebido a falta de chuva, caso do agricultor Grimaldo Gama.
A água das chuvas que ainda acontecem fica armazenada em um lago, que faz parte de reservatório histórico, construído há mais de 500 anos e protegido por moradores, como o pecuarista Hector Delgado. Para ele, a principal preocupação são as mineradoras que visam a área.
Todos os dias, ele sai de casa com suas alpacas, mamíferos comuns em regiões de altitude na América do Sul, em busca de pontos de água e alimento.
⛰️5.180 metros de altitude: as mudanças climáticas causam derretimento do pico do Monte Mismi, que costumava ficar coberto de gelo o ano todo e, atualmente, apresenta poucas áreas de neve. Este problema acaba afetando toda a região por onde passa o rio Amazonas.
“Você está alterando a temperatura dos oceanos. O Oceano Atlântico aquecendo e o Oceano Pacífico resfriando com eventos como La Niña, cada vez mais intensos. O efeito aqui pra Amazônia são chuvas em grande quantidade, gerando também as grandes cheias e nós temos que nos adaptar a esse novo momento para a Amazônia”, explica Marco Antônio de Oliveira, pesquisador de geociências do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
Também com objetivo de proteger essa região, o superintendente da Fundação Amazônia Sustentável, Virgílio Viana, negocia com o governo peruano um projeto de criação de uma reserva ambiental na região da nascente.
Uma grande preocupação para Viana é a mineração, uma vez que a região também sofre com o garimpo ilegal de ouro.
O caminho do rio Amazonas:
O rio Amazonas nasce como Carhuasanta, um dos 6 nomes que recebe antes de chegar ao Brasil. No país, ele chega pelo município de Tabatinga, na tríplice fronteira no estado do Amazonas, onde recebe o nome de Solimões.
Mas a bacia hidrográfica dele inclui rios de outros países, sendo mais de mil afluentes de água doce, que vão se juntando e aumentando o volume de água, chegando até o Oceano Atlântico. Entre os maiores rios conectados a ele estão o Madeira e o Negro.
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A nascente se encontra a 5.180 metros de altitude, em um local de ar mais rarefeito, fenômeno conhecido como aclimatação.
Veja a seguir como as mudanças climáticas vem alterando o caminho até o berço do rio:
⛰️3 mil metros de altitude: a seca está enfraquecendo os animais, relata a moradora Peregrina Puma. Com 67 anos, ela se considera uma das guardiãs das águas e vem testemunhando as mudanças do local.
O clima é polar e quem vive no campo tem percebido a falta de chuva, caso do agricultor Grimaldo Gama.
A água das chuvas que ainda acontecem fica armazenada em um lago, que faz parte de reservatório histórico, construído há mais de 500 anos e protegido por moradores, como o pecuarista Hector Delgado. Para ele, a principal preocupação são as mineradoras que visam a área.
Todos os dias, ele sai de casa com suas alpacas, mamíferos comuns em regiões de altitude na América do Sul, em busca de pontos de água e alimento.
⛰️5.180 metros de altitude: as mudanças climáticas causam derretimento do pico do Monte Mismi, que costumava ficar coberto de gelo o ano todo e, atualmente, apresenta poucas áreas de neve. Este problema acaba afetando toda a região por onde passa o rio Amazonas.
“Você está alterando a temperatura dos oceanos. O Oceano Atlântico aquecendo e o Oceano Pacífico resfriando com eventos como La Niña, cada vez mais intensos. O efeito aqui pra Amazônia são chuvas em grande quantidade, gerando também as grandes cheias e nós temos que nos adaptar a esse novo momento para a Amazônia”, explica Marco Antônio de Oliveira, pesquisador de geociências do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
Também com objetivo de proteger essa região, o superintendente da Fundação Amazônia Sustentável, Virgílio Viana, negocia com o governo peruano um projeto de criação de uma reserva ambiental na região da nascente.
Uma grande preocupação para Viana é a mineração, uma vez que a região também sofre com o garimpo ilegal de ouro.
O caminho do rio Amazonas:
O rio Amazonas nasce como Carhuasanta, um dos 6 nomes que recebe antes de chegar ao Brasil. No país, ele chega pelo município de Tabatinga, na tríplice fronteira no estado do Amazonas, onde recebe o nome de Solimões.
Mas a bacia hidrográfica dele inclui rios de outros países, sendo mais de mil afluentes de água doce, que vão se juntando e aumentando o volume de água, chegando até o Oceano Atlântico. Entre os maiores rios conectados a ele estão o Madeira e o Negro.
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