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A centro-direita e a esquerda fizeram um acordo para ocupar a presidência do Parlamento em turnos de dois anos. Imagem da Assembleia da República de Portugal
Pedro Nunes/Reuters
Os deputados de centro-direta e de esquerda do Parlamneto de Portugal se uniram para eleger José Pedro Aguiar-Branco como presidente da Assembleia da República e deixar o Chega, o partido de extrema-direita, de fora da coalização nesta quarta-feira (27).
Aguiar-Branco teve 160 votos, e o candidato do Chega, Rui Paulo Sousa, teve 50 votos entre os parlamentares.
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A centro-direita e o Partido Socialista, de esquerda, fizeram um acordo pelo qual a presidência do Parlamento será rotativa: ficará dois anos com Aguiar-Branco e, no fim desse prazo, ele vai renunciar para que um candidato dos socialistas seja eleito para o cargo.
Aguiar-Branco foi eleito nesta quarta-feira na quarta votação entre os parlamentares.
Eleição geral
O Partido Social Democrata é um dos que formam a coalizão Aliança Democrática (AD), a vencedora das eleições gerais que aconteceram em 10 de março. O Partido Socialista ficou em segundo, com poucos votos atrás.
Em terceiro ficou o partido de extrema direita Chega quadruplicou sua representação parlamentar, refletindo uma inclinação política para o populismo de direita em toda a Europa.
Somados, o PSD e os socialistas têm 156 assentos no Parlamento de 230 deputados, o suficiente para eleger um presidente.
Analistas previram instabilidade para o governo minoritário da AD, que tem apenas 80 assentos e provavelmente não conseguirá aprovar leis sem o apoio do Chega, cujo líder André Ventura exigiu um acordo de longo prazo em troca de apoio.
O líder da AD, Luis Montenegro, recusou qualquer acordo formal com o Chega.
Na segunda-feira, Ventura disse que seu partido havia chegado a um “entendimento” com a AD sobre a eleição de Aguiar Branco.
No entanto, depois que vários membros da AD negaram a existência de um acordo, seu candidato não conseguiu obter votos suficientes, e Ventura acusou a AD de “pisotear” o Chega.
Após o compromisso anunciado na quarta-feira, Ventura disse que isso mostrava claramente que o PSD havia escolhido seu “companheiro de jornada” para seu mandato e que agora precisa governar com ele.
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