Beleza das aves inspira observador mirim em Rio Claro


Aos 10 anos de idade, Heitor Andrade já fotografou cerca de 100 animais, sendo metade deles aves. Aos 10 anos de idade, o jovem acumula cerca de 50 espécies de aves registradas
Denis Andrade
Da curiosidade de criança nasceu um grande amor pelos animais. Heitor Pagotto Vieira de Andrade, de apenas 10 anos, é completamente apaixonado por aves e adora fotografá-las e observá-las.
Ao todo, ele fez cerca de 100 registros de animais, sendo metade deles de aves. Natural de Rio Claro (SP), o menino começou a se interessar por animais muito cedo, quando assistia a programas sobre vida marinha e oceanos.
“Quando tinha entre 5 e 6 anos, ele começou a assistir aos programas sobre vida marinha e foi quando criou um interesse muito grande por isso, em uma época em que as crianças colecionavam modelos de plástico de animais e montavam cenários do fundo do mar”, explica Denis Andrade, pai de Heitor.
O observador de aves mirim gosta de realizar seus registros no campus da Unesp de Rio Claro, local que seu pai frequenta diariamente no trabalho como biólogo e professor do Departamento de Biodiversidade, do Instituto de Biociências da universidade.
“Eu gosto bastante da Unesp, normalmente está cheio de aves, principalmente no horário da manhã. Lá tem bastantes espécies que eu ainda quero fotografar”, conta Heitor.
Heitor gosta de registrar aves pela diversidade presentes nas espécies
Denis Andrade
Quando sai para passarinhar, o jovem diz que se sente muito feliz e empolgado e que tenta “curtir o momento”. Também comentou sobre a ansiedade que é gerada no momento de fazer uma boa foto para seu portifólio.
Quiriquiri
Dentre os registros feitos por Heitor, um é considerado seu favorito: o falcão-quiriquiri (Falco sparverius), o menor dos falcões e uma das menores aves de rapina do Brasil. A fotografia foi feita no banco passageiro do carro, e foi uma das primeiras com alta qualidade feita por ele.
Falcão-quiriquiri fotografado pelo observador mirim no campus da UNESP
Heitor Andrade
Também conhecido como gaviãozinho, o animal mede de 21 a 31 cm e ocorre todo o território, exceto em áreas de floresta. Como a maioria das aves de rapina, captura cobras, lagartos, roedores, morcegos, pardais e filhotes de pombos, ajudando a controlar a população de alguns animais.
Príncipe
O jovem também fotografou o príncipe (Pyrocephalus rubinus), sendo esse seu registro mais memorável. Heitor definiu com a palavra “memorável” porque seu pai, uma inspiração para ele, não tem nenhuma imagem da espécie.
A ave mede entre 13 e 14 centímetros de comprimento e, no interior de São Paulo, aparece normalmente no mês de maio ou pouco antes, se o outono tiver temperaturas amenas, de acordo com informações do Wikiaves.
O príncipe se reproduz na primavera, ao retornar da migração. O ninho tem forma de tigela chata e é revestido por raízes e musgos, com painas e lãs no interior. No período reprodutivo, o macho adquire coloração vermelha e após a reprodução adquire penas marrons, características do descanso sexual.
Príncipe registrado pelo jovem no campus de Rio Claro (SP)
Heitor Andrade
Além de passarinhar, o garoto tem outras atividades que envolvam a natureza, como aquarismo, trilhas e pescarias. O jovem também já acompanhou o pai em campo para estudar anfíbios durante a noite.
Muito além do amor pelas aves, e de aumentar o acervo de cliques, o observador mirim é apaixonado pelo oceano e pretende se tornar um biólogo marinho no futuro.
*Texto sob supervisão de Giovanna Adelle
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