Estima-se que os pagamentos indevidos tenham causado um prejuízo de R$ 10,4 milhões ao erário. Operação cumpre 114 mandados, entre afastamento de sigilos, bloqueio de bens, prisão temporária e outros. Operação cumpre mandados de prisão contra suspeitos de corrupção em contratos da Goinfra
Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil de Goiás deflagrou nesta terça-feira (28) a operação “Obra Simulada”. A ação investiga crimes relacionados a um contrato entre a Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra) e uma empresa privada do Distrito Federal, firmado entre 2023 e 2024, com valor de R$ 27,8 milhões. Estima-se que os pagamentos indevidos tenham causado um prejuízo de R$ 10,4 milhões aos cofres públicos.
O contrato previa serviços de reforma e manutenção em 26 prédios públicos, como postos da Polícia Rodoviária Militar Estadual e instalações no Palácio Pedro Ludovico Teixeira. Durante a execução, o acordo foi modificado para obras de construção predial, resultando em aumento nos custos. A polícia aponta que houve pagamentos antecipados indevidos, superfaturamento e demolições injustificadas para justificar notas fiscais fraudulentas.
O g1 entrou em contato com o Governo de Goiás para pedir um posicionamento, às 7h40 desta terça-feira (28), mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem. As irregularidades chegaram ao conhecimento das autoridades policiais por meio de relatórios técnicos e inspeções realizadas pela Gerência de Inspeções da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), pela Controladoria Geral do Estado (CGE) e pela Gerência Estratégica da Polícia Civil na Seinfra.
A operação cumpre 114 mandados, incluindo 15 de prisão temporária e 24 de busca e apreensão, em Goiânia, Anápolis e no Distrito Federal. Entre os investigados estão ex-membros da diretoria da Goinfra, gestores e fiscais do contrato, além de empresários. Os suspeitos podem responder por crimes como associação criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraudes.