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31 pessoas foram denunciadas após comentários feitos em redes sociais após divulgação de nova escultura da divindade de matrizes africanas com feição de mulher preta. Escultura de Iemanjá feita pelo artista Jean Pimentel, do Polo Cerâmico de Teresina
Ronnyel Castro/CUFA Piauí 2
Religiosos dos Povos de Terreiro do Piauí denunciaram na Delegacia de Direitos Humanos 31 pessoas após ataques racistas e intolerantes religiosos nas redes sociais em postagem sobre a inauguração da nova imagem de Iemanjá, que aconteceu no domingo (14), em Teresina. A divindade passou de uma escultura de mulher branca, para uma de mulher preta.
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“Nós denunciamos os ataques racistas e intolerantes dessas pessoas. Isso já era esperado. Infelizmente o Piauí é um dos estados mais intolerantes. No ano passado tivemos quatro terreiros queimados e até hoje, nenhuma dos responsáveis foram se quer responsabilizados”, Contou o coordenador do Movimento de Matriz Africanas, Pai Rondinele de Oxu.
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Os ataques nas redes sociais vão de intolerantes a racistas.
Comentários intolerantes foram reunidos em denúncia feita na Delegacia de Direitos Humanos em Teresina
Reprodução/Redes Sociais
Um jovem comentou em uma postagem com a imagem de Iemanjá: “tão tudo no inferno aí”.
Um homem comentou: “os demônios estão à solta”.
Outro comentou: “o diabo como sempre iludindo e enganando esse povo com sua falsa paz”.
Um jovem vai além da intolerância nas redes sociais e ameaça danificar a imagem.
“3 curtidas e vou lá derrubar essa **. Se eu passar lá ao vivo, eu derrubo essa falta de respeito”, comentou.
Ataques intolerantes e racistas aconteceram após inauguração da nova imagem de Iemanjá
Reprodução/Redes Sociais
Intolerância religiosa
Crime de intolerância religiosa prevê pena de 2 a 5 anos para quem obstar, impedir ou empregar violência contra quaisquer manifestações ou práticas religiosas. A pena será aumentada a metade se o crime for cometido por duas ou mais pessoas, além de pagamento de multa.
Leia mais: Lei torna mais severas as penas para crimes de intolerância religiosa
“Nós temos que punir as pessoas que cometerem crimes de intolerância. Essas pessoas precisam respeitar a etnia e a religião das outras pessoas”, disse o religioso
Escultura de Iemanjá feita pelo artista Jean Pimentel, do Polo Cerâmico de Teresina
Ronnyel Castro/CUFA Piauí 2
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