Cacau nasceu em Foz do Iguaçu, mas foi levado a recinto em Goiás para tentativa de acasalamento com macho. De volta ao Paraná, ela ganhou espaço especial no zoológico de Curitiba. Conheça história da onça. Onça ‘Cacau’ está de volta ao Paraná
A onça-preta Cacau que nasceu no Refúgio Biológico de Itaipu em Foz do Iguaçu, no Paraná, passou alguns meses longe do estado para uma tentativa de acasalamento com Oxossi, macho da espécie que vive em um instituto de Goiás. Mas faltou uma ‘química’ no casal.
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“A gente constatou que tem alguns cistos no ovário dela (Cacau). Isso pode explicar, não que seja um diagnostico definitivo, isso pode explicar a falta do cio. Tem a possibilidade de a gente, um pouquinho mais para frente, tentar fazer inseminação artificial na Cacau”, afirmou Daniela Gianni, do Instituo Nex.
Meses longe no estado onde nasceu, agora Cacau voltou ao Paraná e ganhou um lar, um recinto de quase 500 metros quadrados decorados especialmente para a felina no Zoológico de Curitiba, que abrirá novamente as portas ao público no próxima semana.
Onça-preta Cacau em jaula antes de ser solta no zoológico de Curitiba
Reprodução RPC
Todo cuidado na casa nova é para que a onça fique bem ambientada e, no futuro, ajude a preservar espécie cada vez mais rara nas florestas brasileiras por estarem ameaçadas de extinção.
“Além da beleza, por ser uma onça preta, chamada também de pantera negra, chama atenção pela condição melânica que ela apresenta, condição genética, a Cacau representa também o bioma Mata Atlântica, […] um dos raros indivíduos em cativeiro, em condição de manejo humano”, afirmou o diretor de departamento de pesquisa e preservação da fauna Edson Evaristo.
Cacau é uma a fêmea de cerca de 80 quilos. Ela nasceu no Refúgio Biológico de Itaipu, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O nascimento da onça, no dia 28 de dezembro de 2016, foi o primeiro caso bem-sucedido de reprodução da espécie em cativeiro no refúgio em 14 anos de tentativas.
Cacau nasceu em Foz do Iguaçu em 2016
Reprodução/RPC
Como Cacau sempre viveu em cativeiro, não pode ser solta na natureza. Mas, o zoológico tem uma área de Mata Atlântica, bioma ideal para a genética dela.
A vigem de ‘volta para casa’
Imagem mostra rota de Cacau até voltar ao Paraná
Reprodução RPC
Para voltar ao Paraná, Cacau foi de carro de Corumbá, em Goiás, até Brasília, no Distrito Federal (DF), onde pegou um avião e veio direto para Curitiba. O transporte aéreo foi de graça, feito numa parceria entre a companhia aérea e o Instituo Nex.
No aeroporto paranaense, uma grande operação foi montada para receber a passageira que chegou numa caixa fechada, só com espaço para respirar. Só a jaula de madeira pesava uma tonelada, fortaleza para segurar a fera que só podia ser vista pelas frestas.
“A gente fez uma reunião antecipada com o pessoal de solo antes, tracejamos uma rota segura, onde foi transportada a onça”, afirmou o fiscal de pátio do aeroporto de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
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