
Tatiane Souza da Silva foi condenada em dezembro do ano passado. Ao todo, eram oito réus no processo, mas sete foram ouvidos e condenados ainda na época do crime. Raquel Melo de Lima foi achada morta em janeiro de 2021. Tatiane foi condenada pelo Tribunal do Júri em dezembro de 2024 e agora teve o recurso de diminuição de pena negado.
Comunicação TJAC
Tatiane Souza da Silva, a 8ª condenada pela participação na morte da adolescente Raquel Melo de Lima, de 13 anos, achada enterrada em uma cova rasa em janeiro de 2021, teve o recurso apresentado negado e foi mantida a condenação por homicídio triplamente qualificado, cárcere privado, ocultação de cadáver e por integrar organização criminosa.
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A mulher foi condenada pelo Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco, em 16 de dezembro de 2024, a 34 anos, 11 meses e 6 dias de prisão, mas a defesa de Tatiane entrou com recurso solicitando a redução da pena. O g1 não conseguiu contato com a defesa dela.
No entanto, em decisão unânime, os desembargadores Francisco Djalma, Samoel Evangelista e Denise Bonfim negaram o pedido e mantiveram a sentença imposta no ano passado.
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O documento menciona que diante da premeditação e da atuação, junto com outras pessoas vinculadas a uma facção criminosa, justificando maior reprovabilidade da conduta, a culpabilidade dela foi corretamente aplicada negativamente.
A decisão cita que as consequências dos crimes extrapolaram os limites, “especialmente pela pouca idade da vítima, pela permanência dos traumas psicológicos na família e pela ocultação do cadáver em cova rasa, com intenso sofrimento dos familiares”.
O crime
Raquel Melo de Lima, de 13 anos, foi morta em Rio Branco
Arquivo pessoal
O corpo de Raquel Melo de Lima, de 13 anos, foi achado em janeiro de 2021 em uma área de invasão depois do Ramal do Pica Pau, em Rio Branco, pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) que fez buscas e informou que há indícios de mais covas no local.
A informação inicial é de que ela seria de uma facção criminosa, havia pedido para sair e foi arrastada de dentro de uma igreja para ser morta com um tiro no rosto. A motivação para o crime seria porque os criminosos acharam no telefone da vítima mensagens e referências a outra facção.
Adolescente foi achada morta com um tiro no rosto enterrada em área de invasão em Rio Branco
Arquivo/Bope
Conforme a Polícia Civil, a menina foi morta dois dias antes de o corpo ser encontrado enterrado. A investigação apontou ainda que a vítima foi submetida ao “tribunal do crime” e, após várias horas de cárcere, os autores efetuaram disparos de arma de fogo e golpes de arma branca.
No mesmo dia em que o corpo da adolescente foi encontrado, a polícia prendeu em flagrante os irmãos Yago da Silva Sabino, de 20 anos, e Tyego da Silva Sabino, de 18, suspeitos de participação no crime. Essa prisão em flagrante foi convertida em preventiva pela Justiça acreana.
Julgamento
Ao todo, oito foram denunciados por participação na morte de adolescente
Reprodução
Ao todo, foram oito réus no processo, e após dois dias de julgamento, os sete acusados de participação na morte foram condenados a mais de 320 anos de prisão em regime inicial fechado, ainda em 2021. Tatiane estava foragida à época, segundo a Justiça e por isso foi julgada de forma separada.
O resultado foi dado através de júri popular. O júri sentenciou em 2021 os acusados da seguinte forma:
Yago da Silva Sabino – condenado a 41 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão e 70 dias multa;
Thyego da Silva Sabino – condenado a 41 anos, 9 meses e 10 de dias de prisão e 70 dias multa;
Rosinei Pereira Santos – condenado a 46 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão e 80 dias multa;
Janes Cley Pereira Santos – condenado a 53 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão e 90 dias multa;
Rosinaldo Pereira Santos – condenado a 43 anos, 3 meses, 10 dias e 80 dias multa;
Francisco Elcivan Leandro Rodrigues – condenado a 47 anos, 7 meses, 10 dias e 80 dias multa;
Francisca Roberta Gomes de Araújo Cruz – condenada a 46 anos, 5 meses e 10 dias e 80 dias multa.
VÍDEOS: g1